Da Redação PTD
30/04/2021, 15h27
O movimento das casas de apostas esportivas vindo para o Brasil tem sido cada vez maior, tendo chamado bastante atenção. Dessa forma, o atual Chefe de Patrocínios e Comercial do Atlético Mineiro, Pedro Henrique Melo, escreveu um artigo de opinião no Propmark, apontando que a temporada 2021 do futebol brasileiro terá 12 times da Série A com patrocínio de plataformas de apostas esportivas. Um fato bastante impressionante, já que no futebol inglês, um dos torneios mais importantes e famosos do mundo, apenas 10 times da Premier League recebem esse tipo de patrocínio. Para Pedro Henrique, isso se deve ao fato das empresas verem o Brasil como um grande mercado em potencial, desejando se estabelecer logo em território nacional enquanto aguardam ansiosamente pela regulamentação da atividade.
Brasileirão em voga
Atualmente, nem só os times da Série A do Brasileirão contam com patrocínio das plataformas de apostas, mas também os clubes das Séries B e C, e a tendência é que esse número continue a aumentar gradativamente. Isso ocorre principalmente porque o futebol é a principal vitrine e uma das melhores ferramentas de marketing que essas companhias buscam para se tornarem conhecidas no Brasil. Em uma matéria do UOL publicada ainda em 2020, foi descoberto que, naquele ano, cerca de 60% dos patrocínios dos times das séries A e B vinham das casas de jogatina, totalizando 25 agremiações com esse tipo de chancela. Em terras tupiniquins, associar sua marca à de um time de futebol é um dos movimentos mais naturais e corretos que qualquer empresa deve fazer, tendo em vista a capilaridade e a conquista de novos clientes, já que por aqui, não há nenhum outro esporte que atrai e movimente tantos fãs quanto o futebol.
A companhia grega Betano, por exemplo, é uma operadora que tem crescido bastante no Velho Continente, e já está associada a grandes times europeus em países como a Alemanha, Romênia, Grécia, Bulgária, e agora está chegando no Brasil. Ela acabou escolhendo o Atlético Mineiro como parceiro de negócio, fechando um patrocínio master – e somente este aporte acabou influenciando todo o mercado de patrocínio em território nacional, já que muitas equipes brasileiras tem uma dificuldade imensa em encontrar um mecenas. Com isso, o Galo acabou demonstrando, que o esporte pode ser considerado um canal de mídia excelente, exacerbando todo o engajamento que um clube de futebol pode promover. Além disso essas plataformas de apostas esportivas geralmente não ofertam somente a possibilidade de dar palpites em eventos esportivos, como também são conhecidas pela jogatina online em geral, disponibilizando cassinos com bonus sem depósito, onde o usuário pode encontrar e se divertir com uma grande variedade de jogos clássicos, não precisando colocar a mão no bolso.
Já a Sportsbet acabou patrocinando o Flamengo, o clube com maior torcida em território nacional. Dessa forma a operadora notou um crescimento impressionante no seu número de clientes, e uma das estratégias para continuar a crescer é o oferecimento de promoções específicas para partidas do time carioca. Enquanto isso, a Galera.bet, que já está associada a clubes como Sport, Cruzeiro e Corinthians, têm esperado a regulamentação definitiva para então iniciar seus trabalhos. A companhia, segundo informações, terá uma página específica de acordo com os times a que está associada. E o principal segredo por trás do apoio dessas companhias aos times é a exposição que sua marca tem, além do grande engajamento dos torcedores.
Regulamentação em breve?
A possível aproximação da regulamentação é um dos fatores que mais tem atraído operadoras para o Brasil. Dessa forma, as apostas esportivas poderiam até mesmo ser realizadas nos estádios, como é feito na Europa. Assim sendo, estamos próximos a testemunhar um “boom” de patrocínios no nicho, uma nova fonte de receita bastante lucrativa para os times de futebol. E esses clubes precisam se preparar para entender a grande oportunidade que isso é, já que é muito mais em conta que as marcas apoiem uma equipe de futebol, do que pagar por anúncios na televisão, por exemplo.