Por Eduardo Luiz
15/04/2021, 00h24

Verdão saiu na frente, mas cedeu a virada após ter Viña injustamente expulso. Nas cobranças, após prorrogação, a equipe argentina levou a melhor.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Primeiro tempo

Com Danilo e Patrick de Paula de titulares, e sem Luiz Adriano, o Palmeiras iniciou o jogo vendo o Defensa y Justicia tomar a iniciativa. Aos 4 minutos Pizzini cruzou para Braian Romero, mas Marcos Rocha antecipou e fez o corte. A resposta alviverde veio aos 8 com Wesley; o atacante foi lançado, tirou do goleiro e bateu, mas um zagueiro salvou sobre a linha. Depois da jogada o assistente assinalou impedimento.

Aos 14 minutos Wesley desarmou Frías e ficaria em ótima condição para fazer o gol, mas o árbitro inventou falta do atacante, que na verdade foi chutado. Os Palmeirenses ainda reclamavam quando Benítez arriscou de fora da área, Weverton deu um rebote esquisito e quase Pizzini aproveitou. Aos 16, Viña cruzou para Rony, o zagueiro interceptou, Raphael Veiga ficou com a sobra e chutou para fora.

O jogo era aberto. Aos 18 minutos Veiga deu bom passe para Rony e o atacante foi atropelado por Meza dentro da área, pênalti que o árbitro fingiu não ver. Precisou o VAR indicar para ele marcar. Raphael Veiga foi para a cobrança e fez 1 a 0.

A frente no placar, o Verdão ficou com os contra-ataques à disposição. Aos 27 minutos Rony enfiou para Wesley, que não chutou de primeira e ficou reclamando um pênalti, que desta vez não aconteceu. E como quem não faz toma… Aos 31 minutos Matías Rodríguez enfiou para Pizzini nas costas de Viña, e o meia mandou para a marca do pênalti, onde Braian Romero estava livre para empatar: 1 a 1.

O Palmeiras sentiu o gol do Defensa, que tentou se aproveitar do momento para virar o jogo, o que só não aconteceu graças a Weverton. Aos 36 minutos primeiro o camisa 21 defendeu bomba de Romero, e na sequência tirou com a ponta dos dedos um chute de Benítez.

A partir dos 40 minutos, porém, o Verdão voltou a equilibrar as ações e não foi mais ameaçado, mas também não criou chances para voltar a ficar a frente no placar. E assim foi até o intervalo.

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Segundo tempo

Na etapa final o Palmeiras foi dono da primeira oportunidade. Aos 3 minutos, após roubada de bola no campo de ataque, Rony chutou forte, nas mãos do goleiro. O Defensa y Justicia respondeu em dose dupla: aos 5 minutos Pizzini chutou por cima, e no minuto seguinte ele deu bom passe para Romero bater de primeira e parar em boa defesa de Weverton.

A equipe argentina voltou a levar perigo aos 10 minutos: Benítez cobrou fechado demais um escanteio e quase surpreendeu Weverton, que salvou com um tapinha. O Verdão só conseguiu reagir aos 15 minutos: Patrick de Paula deu ótimo passe para Rony, que demorou para chutar, e carimbou o goleiro.

Para reforçar a marcação nas pontas, aos 17 minutos o técnico Abel Ferreira trocou Breno Lopes por Mayke, e Wesley por Gabriel Veron. Mal deu tempo para as trocas surtirem efeito. Aos 22, Viña sofreu falta, brigou pelo rebote e o juiz paralisou a jogada para assinalar falta do lateral Palmeirense. Para piorar, indicado pelo VAR, expulsou o uruguaio.

Mesmo com um a menos, o Palmeiras teve duas boas chances para matar o jogo: aos 27 minutos Patrick de Paula ficou em boa condição para finalizar, mas mandou torto. Aos 33, o camisa 5 deu ótimo passe para Veron, que chutou e parou em milagre do goleiro. Na conclusão, o atacante se lesionou (de novo).

Para voltar a rearrumar o time, aos 36 minutos Abel promoveu as últimas duas alterações a que tinha direito: Felipe Melo substituiu Patrick, e Alan Empereur entrou no lugar de Veron. A partir daí a tática alviverde era segurar o resultado. E quase deu certo. O Defensa ficou com a bola mas sem conseguir criar chances claras de gol, até que aos 48 minutos Alan Empereur quis sair driblando, foi desarmado e na sobra Benítez soltou a bomba, sem chance para Weverton: 2 a 1. Com o mesmo placar do jogo de ida, desta vez para os argentinos, a decisão foi para a prorrogação.

O tempo extra começou quente. Aos 3 minutos Felipe Melo lançou Rony e o atacante foi atropelado pelo goleiro. Novamente o árbitro precisou do VAR para marcar o pênalti. Após 6 minutos de muita confusão, Gómez foi para a cobrança e recuou para o goleiro. Além do pênalti desperdiçado, o saldo da confusão foi a expulsão de Braian Romero.

Com direito à sexta alteração pelo fato do jogo ter ido para a prorrogação, Abel optou por trocar Marcos Rocha por Luiz Adriano para o segundo tempo. Com os times pregados, no entanto, o camisa 10 nem pegou na bola nos 15 minutos que antecederam nova decisão por pênaltis.

E conforme o esperado, nas cobranças todos Palmeirenses – com exceção de Rony – bateram mal. Luiz Adriano e Weverton desperdiçaram as suas, enquanto que pelo Defensa y Justicia ninguém errou: 3 a 4.

O Palmeiras volta a campo já amanhã (sexta-feira – 16/4) para enfrentar o São Paulo pelo Campeonato Paulista. O clássico será disputado no Allianz Parque, às 22h.

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