Por Eduardo Luiz
10/08/2020, 15h04
Numa entrevista coletiva virtual realizada no início da tarde de segunda-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo contou os bastidores da conquista do título Paulista, no sábado, sobre o Corinthians, que foi confirmado de uma maneira absolutamente dramática.
O treinador revelou os bastidores pré-disputa de pênaltis, quando ele e o zagueiro Felipe Melo assumiram a responsabilidade de motivar o elenco após o baque de ter cedido o empate ao rival nos últimos segundos da decisão, num pênalti cometido por Gustavo Gómez em Jô.
“Tudo aconteceu da maneira que tinha que acontecer. E falei bem calmo, com um semblante de quem acreditava que ia ganhar. Aí o Felipe Melo com o jeitão dele, ‘vamos ganhar!’, aí pegou. Mas em um jogo decisivo, que está ganhando… deixa quieto, vou falar para os meus jogadores internamente” disse o treinador, prometendo um puxão de orelha coletivo.
“Estar com o campeonato ganho, para eles levarem para os pênaltis em dez segundos. Cheguei no Weverton para perguntar como ele estava, ele disse que estava se concentrando. Chamei o grupo e falei que tínhamos o campeonato nas mãos e calhou do Corinthians achar um pênalti, mas que o campeonato continuava sendo nosso porque tínhamos um goleiro pegador de pênaltis e nossos treinos foram bons. Eles tinham que confiar” completou.
Sobre a escolha dos cobradores, Luxa revelou que vetou apenas 1 nome: “Se o Gustavo estivesse escalado para bater os pênaltis, ele seria desescalado. Não posso colocar um jogador para bater um pênalti depois de fazer um no último minuto, estava totalmente fora da sintonia. E ele fez uma partida fantástica. Mesmo que ele quisesse, eu não deixaria bater, o emocional dele estava muito abatido”.
Por fim, o técnico falou sobre a homenagem que recebeu de uma torcida organizada, que colocou um mosaico 3D dele no Allianz Parque (Evair foi outro homenageado).
“Fica marcado, né? Fiquei muito gratificado quando vi aquela imagem grande para caramba, tomei um susto até. Tenho uma identificação muito forte com o Palmeiras, desde 93 na disputa do título contra o Corinthians. Fico contente, feliz, mas eu sei que futebol é emocional e tenho que continuar fazendo meu trabalho porque eles cobram bastante. Mas agradeço a Mancha Verde pela homenagem” encerrou.