Por Tática Didática
18/12/2021
No início da semana, no dia 14 de dezembro, o Palmeiras oficializou a sua primeira contratação para 2022, o meio campista colombiano de 24 anos Eduard Atuesta, vindo do Los Angeles FC dos Estados Unidos. Os valores divulgados dão conta que o alviverde pagará algo em torno de US$ 4 milhões de dólares pelo promissor jogador.
Leila Pereira, nova presidente do Verdão, em sua entrevista coletiva deixou de maneira clara que o foco de contratações na sua gestão será em jogadores jovens, que possam dar um retorno técnico dentro de campo, se valorizarem e ainda darem um retorno financeiro ao clube no futuro. Então grandes nomes que foram especulados anteriormente pela imprensa como Cavani, Coutinho, Marcelo, não devem ser considerados, a princípio.
É uma decisão corajosa, e impopular, pois o torcedor de maneira geral sonha com grandes nomes que ele já conheça. Mas é uma decisão inteligente, e admito que é um caminho que me agrada mais, tanto no lado de gestão financeira do clube, quanto de gestão esportiva. E o Palmeiras vez fazendo um ótimo trabalho de mapear o mercado de jogadores sul-americanos e encontrando boas oportunidades, como foi com Matias Viña, Joaquin Piquerez, e agora com Eduard Atuesta.
E voltando a falar do colombiano, dentre os diversos vídeos que há na internet de lances dele, muitas belas assistências com enfiadas de bola que cada vez mais é raro de se ver no Brasil atualmente, e encantam a todos nós que gostamos de assistir um bom futebol.
Porém, o principal atributo que vejo no colombiano e que pode melhorar muito o nível de jogo do Palmeiras, é a capacidade de ditar o ritmo da partida, algo que carece em nossos meio campistas (que possuem outras ótimas características, ressalta-se). Atuesta varia seu jogo com passes curtos e lançamentos, carrega bem a bola quando necessário e tem capacidade de sair jogando pelo chão, mesmo pressionado pelo adversário.
Ele certamente tem o talento para ser o cérebro do meio campo palmeirense, porém algo que me preocupa é como ele se adaptará ao calendário brasileiro, algo muito diferente do que ele tinha nos Estados Unidos. Por aqui, se exige muito mais do jogador fisicamente para aguentar uma temporada toda em alto nível. Se o colombiano conseguir se adaptar bem ao nosso ritmo de jogo e ao alto número de jogos, acredito que em pouco tempo será uma das principais peças da equipe, pois a parte técnica e inteligência de jogo, é algo que lhe sobra.
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