Por Eduardo Luiz
12/01/2021, 23h59

Time do técnico Abel Ferreira não viu a cor da bola no Allianz Parque, mas ficou com vaga graças à goleada da semana passada. VAR anulou (corretamente) gol e pênalti.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Primeiro tempo

Com Alan Empereur de titular no luar de Luan, e Zé Rafael na vaga de Patrick de Paula, o Palmeiras iniciou o jogo bem, controlando o River Plate e levando perigo nos contra-ataques. Aos 3 minutos Scarpa chutou de fora da área, por cima do travessão. Aos 9 Gabriel Menino deu ótimo passe para Rony, que tentou driblar o goleiro e foi desarmado.

A resposta do time argentino não demorou. Ainda dentro do minuto 9 Borré bateu colocado e exigiu ótima defesa de Weverton. O lance fez o River se animar. Aos 13 Gómez cortou um cruzamento no primeiro pau, a bola sobrou para De La Cruz, que isolou. Aos 22 Scarpa foi desarmado por Díaz, que soltou a bomba para outra intervenção precisa de Weverton.

Aos 28 minutos Scarpa falhou novamente ao tentar sair driblando, o River foi rápido para contra-atacar e ganhou escanteio. Após a cobrança, Scarpa abandonou o lance, Gómez tentou cobrir mas perdeu pelo alto para Rojas, que mandou no ângulo direito de Weverton: 1 a 0. Atrás no marcador, o Palmeiras se desestruturou completamente. Aos 29 Borré perdeu boa chance para o segundo.

Mesmo atordoado, o Verdão conseguiu criar uma boa chance para o empate aos 33 minutos: Rony ganhou de Pinola pela linha de fundo, tocou para Luiz Adriano que ajeitou para Zé Rafael bater colocado, à esquerda do goleiro. A jogada não mudou o rumo da partida, já que o River Plate seguiu melhor. Aos 37 minutos Angileri soltou a bomba e Weverton fez milagre.

A situação do Palmeiras ficou ainda pior aos 38 minutos, quando Gustavo Gómez sentiu uma lesão. Luan entrou em seu lugar. Aos 43, após outro vacilo do sistema defensivo, o River chegou ao segundo gol com Borré, que aproveitou cruzamento de dentro da área, livre de marcação, para fazer 2 a 0. Por sorte, o primeiro tempo acabou pouco depois.

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Segundo tempo

Com Breno Lopes no lugar de Scarpa, o Palmeiras voltou para o segundo tempo na mesma pegada. Ou melhor, falta de pegada, já que o River tinha o domínio completo das ações. No primeiro minuto De La Cruz cobrou falta à direita de Weverton. Aos 5, novamente De La Cruz levou relativo perigo ao chutar de fora da área, mas Weverton estava atento.

O terceiro gol da equipe argentina parecia questão de tempo, até que aos 6 minutos saiu: Angileri cruzou, Alan Empereur deixou Montiel livre em suas costas e o lateral bateu de primeira, sem chances para Weverton. Por sorte, porém, o VAR enxergou um impedimento de Borré no começo da jogada e anulou corretamente o gol.

Nocauteado, o Verdão mal conseguia atacar, e quando conseguia, não assustava a meta de Armani. Aos 11 minutos Viña cruzou, a bola desviou no meio do caminho e morreu nas mãos do goleiro. Aos 12 minutos Luan quase fez gol contra. Aos 14, Fernández só não correu para o abraço porque Weverton fez ótima defesa em finalização forte, da entrada da área.

Aos 17 minutos Luiz Adriano cobrou muito mal uma falta, para fora. Para tentar corrigir a marcação, aos 23 minutos o técnico Abel Ferreira trocou Zé Rafael por Emerson Santos. Pouca coisa mudou. Aos 26, após cobrança de falta, Fernández ganhou da defesa alviverde por cima e escorou fraco, fácil para Weverton.

Atacante que mais incomodava a defesa adversária, Rony cavou a expulsão de Rojas aos 28 minutos. E mesmo com 1 homem a mais o Palmeiras seguiu nas cordas. Aos 29 Suárez se jogou na área em dividida com Empereur e o árbitro marcou o pênalti. Borré se preparava para cobrar quando o VAR corrigiu o erro chamando o juiz para revisão. Diante das imagens claras, ele teve de anular (só faltou o cartão por simulação).

Entre a marcação do pênalti e a anulação, foram 4 minutos. Assim que o jogo recomeçou, Abel promoveu mais duas mexidas: Kuscevic substituiu Marcos Rocha, e Raphael Veiga entrou no lugar de Danilo. Aos 38 minutos, depois de outro escanteio idiota cedido pelo sistema defensivo Palmeirense, Enzo Pérez fez Weverton praticar mais uma boa defesa, e no rebote, Borré, em impedimento, mandou na trave.

A partir dos 40 minutos, precisando de mais um gol para levar a disputa da vaga para os pênaltis, e já cansado pela intensidade absurda que impôs ao longo de todo jogo, o River se limitou a cruzar bolas na área. Com uma linha de 5 defensores, o Verdão foi rebatendo uma a uma, mas devolvendo automaticamente a bola para o adversário.

No último dos 9 minutos de acréscimo, Borré se jogou na área em disputa com Kuscevic e inexplicavelmente o VAR chamou o árbitro para revisão. Mas novamente o destino deu uma mão, já que no início da jogada um jogador que disputou a bola estava impedido.

Depois de nova intervenção do VAR, o árbitro ainda deixou a bola rolar por mais 1 minuto e meio, e desta vez o River não conseguiu criar mais nenhuma chance clara de gol. UFA! Com um drama absurdo, o Palmeiras se classificou para a quinta final de Libertadores da história, que acontecerá em jogo único, no Maracanã, no próximo dia 30/1. O adversário sairá do confronto entre Santos x Boca Juniors, que se enfrentam às 19h15 desta quarta-feira, em Santos. Na ida houve empate sem gols.

Agora o Verdão volta novamente o foco para o Brasileirão, pois terá uma mini-maratona pela frente. Na sexta-feira (15/1) o adversário será o Grêmio, às 21h30, no Allianz Parque. Na segunda-feira (18/1), também em casa, o Palmeiras enfrenta o Corinthians (às 19h). Já na quinta, dia 21/1, a equipe visitará o Flamengo.

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