Por Roberto Galluzzi Jr.
27/09/2023
Vida de presidente do Palmeiras realmente não deve ser fácil. Força Leila… pronto, podem apedrejar… “como assim? Apoiando essa mentecapta que só sabe pagar de dona do mundo, enfia a faca nos torcedores e não consegue trazer reforços… é um Leilete, deve estar recebendo algum”.
Não amigos… quisera eu receber qualquer centavo, um ingressinho mínimo. Mas nunca, jamais. Pelo contrário, gasto uns $2.000 por ano com o Palmeiras, sem contar “cerva e pernil”.
O que faço aqui (mais uma vez) é remar contra a corrente da opinião geral, para observar aspectos que a burrice coletiva (sim, ela existe e é galopante) simplesmente ignora. E que a imprensa, em sua completa e total calhordice, não explica ao torcedor.
Primeiro lugar: não é “apenas” o ingresso que está caro. O custo de vida está super majorado. Sonhar com o mundo de 10, 20 anos atrás, quando as bilheterias não representavam a importância de hoje, é viver fora da realidade. E ignorar a política pró “sócio-torcedor” que o clube pratica, leva à manchetes de “ingresso mais barato a $240”, sendo esse valor válido apenas para quem não é Avanti que, no caso, tem descontos de até 100%! Nessa semi da Libertadores estou pagando $85 o ingresso (superior central), dentro de um plano de 77,90/mês (prata superior, dá 75% de desconto), sendo que a maior parte dos jogos me custam de $30 a $60.
Não estou aqui pra defender nenhum departamento, mas entender a realidade financeira. SP e Cheirinho fizeram bilheterias astronômicas na final da CB, não porque querem elitizar a torcida, mas por simples necessidade de bancar dívidas e folhas salariais absurdas. E nossa realidade NÃO é diferente.
A Leila ERRA ao comparar jogo a show. Jogo NÃO É um show. No jogo seu time pode perder e você sair p… da vida. Num “show” isso não acontece. E é justamente por enxergar o esporte como um “show” que muita gente corneta faz a pressão exagerada. E digo mais, erra em dobro ao não esclarecer ao torcedor que o Palmeiras irá sempre privilegiar o sócio torcedor e também buscar os menores valores possíveis para uma folha salarial de R$20 milhões por mês.
EU QUERO ingressos mais baratos. E entendo que o futebol não é show, a bem da verdade está mais pra uma “guerra”… e nenhuma guerra é barata.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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