Por Roberto Galluzzi Jr.
18/05/2023

(Foto: Santos/Divulgação)

Ainda crianças, aprendemos que ser torcedor não é fácil. O time vence, mas também perde, e muito. Quantas vezes me debrucei em lágrimas por uma conquista que não vinha, por uma derrota “totalmente injusta”… e assim você aprende que o esporte traz emoções que poucos outros acontecimentos trazem na vida.

Quando se é jovem, o mundo é coberto de inocência, aos poucos desvelada, para o assombro e espanto de quem não imagina tanta maldade no ser humano. Percebe que por maior que seja a emoção, há algo que lhe atropela, lhe esgarça e reduz a pó, que é a ganância.

Quem acha que o atual escândalo dos jogadores envolvidos em apostas vai acabar porque meia dúzia de gatos pingados foram pegos pelo celular, pode pensar duas vezes. A combinação de tal transação não precisa passar por um celular e pode ser dificílima de atestar e vai se aprimorar e continuar havendo.

A situação no futebol só melhorará no dia em que a cada casa de aposta se comprometer a identificar e rastrear os apostadores “comprados” e trabalhar junto com a justiça. No qual os torcedores passarem a pedir indenização por gastar e assistir uma partida influenciada por apostas. Ou quando simplesmente pararem o futebol.

E a torcida também bem que poderia fazer uma convocação geral, combinar e se ausentar completamente dos estádios numa determinada rodada ou algo do tipo. Por mais que gostemos de futebol, ser feito de palhaço dessa maneira não é aceitável.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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