Por Roberto Galluzzi Jr.
13/09/2022
Não há quem passe uma derrota sem culpar a arbitragem pelo mau resultado. Tampouco há quem acredite na idoneidade ou lisura dos homens de preto. O fato é que o discurso de “tudo contra todos” já ficou velho e renitente.
CRF e SCCP são velhos conhecidos e privilegiados pela arbitragem que borra o uniforme ao verem os “times do povo e da Globo” saírem derrotados. Sempre foi assim. Marcar contra eles exige algo absolutamente inquestionável… qualquer mera possibilidade de anulação do tento, é considerada e efetivada. E à isso, não devemos silêncio.
O problema é quando os erros da arbitragem encobrem os NOSSOS ERROS. Nossa desclassificação da Libertadores pode ter tido influência de “erros” da arbitragem? Talvez. Mas a grande verdade é que no futebol, quando existe paridade de forças, ganha o time com mais VONTADE de vencer. E é POR ISSO que perdemos a vaga à final.
Naquele jogo o Palmeiras se encolheu em campo, incapaz de equalizar a perda de um zagueiro, expulso. Não acredito que isso tenha acontecido de forma consciente, mas parece absolutamente claro que o elenco não teve a PEGADA necessária à uma semifinal de Libertadores.
Nunca se esqueçam: o futebol é o esporte que dá mais chances ao azarão. Isso é algo estatístico, não opinativo. Compreender essa dinâmica é fundamental pra explicar resultados que erroneamente acabam atribuídos à (má) atuação da arbitragem.
Ter jogo de bastidores forte e não se calar sobre qualquer erro cometido é imprescindível. Mas não deixemos que NOSSOS PRÓPRIOS ERROS sejam encobertos por uma conveniente e entorpecente cortina de fumaça que pode até existir, mas deve ser dissipada para enxergarmos o caminho.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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