Por Eduardo Luiz
30/01/2022, 11h59

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Herói do segundo título da Libertadores do Palmeiras, que neste domingo completa 1 ano, o atacante Breno Lopes deu um depoimento à TV Palmeiras para recordar o feito do dia 30/01/2021, no Maracanã.

O camisa 19, que substituiu Gabriel Menino na decisão contra o Santos, relatou detalhes da sua participação, desde a preparação para entrar no jogo – com uma profecia do técnico Abel Ferreira, até o momento do gol histórico, que só aconteceu graças a uma troca de função momentânea com Rony. Leia abaixo:

“Quando o professor Abel Ferreira me chamou para entrar na final da Libertadores de 2020, sabia que aquela era uma chance única na minha vida. E também um grande desafio. O jogo estava nervoso, truncado. Quem marcasse o primeiro gol dificilmente deixaria o título escapar. Por isso, procurei me concentrar ao máximo.

O professor avisou que o Gabriel Menino sairia e me pediu para colocar intensidade no jogo, aproveitando as costas do lateral-esquerdo do Santos. Antes da substituição, ele ainda arriscou uma profecia. Você pode não acreditar, mas é verdade: o Abel falou para eu me preparar porque faria o meu segundo gol com a camisa do Palmeiras – o primeiro tinha saído três dias antes, contra o Vasco.

Nos acréscimos, o Rony foi ao nosso banco de reservas para beber água. Bastante cansado, me perguntou se podíamos trocar um pouco de posição: ele ficaria na ponta direita, perto da área técnica, e eu iria para a esquerda. Falei “tudo bem”, sem imaginar que aquela mudança momentânea faria toda a diferença na minha vida.

Quando o Rony dominou o lançamento do Danilo, no lado direito do campo, já corri para a área. O cabeceio não é meu forte, mas treino muito. E, naquele momento da partida, tinha de tentar algo diferente. Assim que partiu o cruzamento, percebi que o goleiro ameaçou sair, mas não saiu. Tomei impulso, abri bem os olhos e cabeceei no contrapé dele. A bola beijou a bochecha da rede.

Já ouvi muita gente dizer que, quando algo importante acontece na sua vida, um filme passa pela sua cabeça. Foi o que ocorreu comigo na tarde do dia 30 de janeiro. Enquanto eu corria em direção à tribuna do Maracanã, na esperança de comemorar o gol do título com os meus pais, Wellington e Lucilene, me lembrei de todas as dificuldades que passei antes de entrar na história do Palmeiras”.

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