Por Eduardo Luiz
11/12/2024

Estêvão terminou temporada jogando muito e tendo seu talento reconhecido nas diversas premiações realizadas por emissoras de TV e pela CBF. Ao Palmeirense, fica um gosto amargo pelo fato de o garoto já estar com a despedida marcada.

O Palmeiras não precisava vender Estêvão. Depois de ter feito quase meio bilhão de reais em negociações em 2024, tudo o que o clube não precisava era de dinheiro.

Muitos irão falar: “Ele ia querer sair”. Fato. Mas tinha contrato. E esse contrato poderia ser modificado para melhor. Faltou ambição esportiva do Palmeiras em transformar Estêvão num dos melhores jogadores do mundo mas jogando no Brasil. Como fez o Santos com Neymar.

Uma boa diretoria de futebol, um bom presidente e um bom departamento de marketing poderiam desenvolver um plano de carreira, oferecendo ao garoto a oportunidade de virar um fenômeno global atuando pelo Maior Campeão do Brasil. De quebra, ele teria a certeza de que aqui seria o cara do time, diferente do que vai acontecer no Chelsea com seus elenco estrelado e de 50 opções. E ainda tendo o que aconteceu com Endrick no Real Madrid de exemplo.

Quanto isso custaria? R$ 3 milhões por mês? Ceder metade dos direitos ao jogador e seus empresários? Pouco perto do que Estêvão poderia oferecer com títulos, angariando novos torcedores, chamando atenção da mídia, atraindo patrocinadores, etc.

Com mais dois anos que fosse, Estêvão ia se consolidar como melhor jogador do Brasil, certamente conquistaria espaço na seleção, e depois, com seus 20 anos, poderia tranquilamente escolher onde jogar. E certamente seria negociado por uma fortuna.

O Chelsea deve estar gargalhando por ter desembolsado apenas 64 milhões de euros por Estêvão. Assim que pisar em Londres ele estará valendo o triplo. Já o Palmeiras, com esse valor, vai apenas fazer a roda girar. Mas vai precisar abrir os cofres para trazer um substituto que dificilmente chegará perto do nível do camisa 41.

Enfim. Agora resta desfrutar do talento de Estêvão por mais 7 meses, prazo insuficiente para ele escrever a história que poderia/deveria.

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