Por Eduardo Luiz
03/04/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Nas longas duas semanas que antecederam o jogo de ida da final do Campeonato Paulista contra o Água Santa, não foram poucas as vezes em que jogadores do Palmeiras pregaram respeito total ao adversário. Mas na prática isso não aconteceu.

Os erros cometidos pelo time deixaram claro que os atletas não encaram a partida com a seriedade que deveriam.

Em uma final de campeonato é inadmissível um jogador ser fominha, como Gabriel Menino foi numa chance clara de gol onde ele DEVERIA ter passado para Rony, afinal futebol é esporte coletivo.

Em uma final de campeonato é inadmissível um jogador tentar um drible por baixo das pernas do seu marcador não tendo cobertura e com duas boas opções de passe, como Zé Rafael fez antes do escanteio que resultou no primeiro gol.

Em uma final de campeonato é inadmissível um jogador tentar uma inversão de 30 metros com o pé ruim na frente da área tendo uma opção de passe melhor, como Marcos Rocha fez no lance que resultou no segundo gol.

Os erros cometidos por Menino, Zé e Marcos Rocha foram capitais, mas no geral todos ficaram devendo. Weverton se atrapalhou em saídas do gol, Gómez deixou o centroavante livre, Raphael Veiga não se esforçou pra sair da marcação, Dudu se acomodou… Tirando Endrick, por causa do gol, ninguém se salvou. E isso no Palmeiras de Abel Ferreira é muito raro.

O Água Santa teve mérito na vitória de domingo, mas que o Palmeiras facilitou, facilitou. Para ser campeão Paulista, os comandados de Abel Ferreira precisarão mostrar no Allianz Parque tudo que faltou na Arena Barueri: seriedade, foco, organização e respeito ao adversário.

Soberba nunca combinou com o Palmeiras. E não faz parte desse time atual, que merecidamente está sendo considerado a Terceira Academia. Perder na bola, competindo, é do jogo. Perder por falta de comprometimento é inadmissível.

No próximo domingo esperamos rever em campo o Palmeiras dos últimos dois anos, o time que respeita o adversário, que compete, que tem ambição, que não se dá por vencido, e que tem no aspecto coletivo sua maior força.

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