Opinião PTD: Narrativas, canalhice e omissão

Por Eduardo Luiz
20/10/2025

A derrota de domingo para o Flamengo começou a ser construída no começo do mês, mais precisamente no dia 5/10 após a virada histórica do Palmeiras sobre o São Paulo no Morumbi. Naquele dia a equipe carioca perdeu para o Bahia em Salvador e imediatamente iniciou, através do seu diretor José Boto, uma campanha sórdida contra o Palmeiras, líder do Brasileirão.

Dias depois, setores da torcida adversária elaboraram um “dossiê” apontando que o Palmeiras conquistou 15 pontos no apito no Brasileirão. Para embasar essa fake news, elencaram pênaltis comprovadamente existentes como inventados, e omitiram “erros” contra o Palmeiras, como no jogo contra o próprio Flamengo no Allianz Parque, quando venceu com um pênalti fabricado por Ramon Abatti Abel.

Não bastasse isso, o Flamengo contou com jornalistas amigos/simpatizantes e até políticos/torcedores para “denunciar” um suposto favorecimento ao Palmeiras no episódio da visita surpresa da equipe antidoping no treino da última sexta-feira (o mesmo procedimento foi feito no treino do Palmeiras, e acontece com todas equipes). Mas a nova narrativa já estava criada e propagada.

A cereja do bolo foi uma campanha feita por “influencers” flamenguistas intitulada “No grito não”, sugerindo que o Palmeiras quer ganhar o campeonato no grito. Além de não ter qualquer lógica, alguns dos ditos influencers apareceram gritando no vídeo. Algo completamente irracional e patético, mas condizente com o time que torcem. Enfim.

Por 14 dias o Flamengo construiu uma narrativa canalha, que resultou numa arbitragem escandalosa no Maracanã. Deu certo. Repetindo o turno, venceu no apito.

Canalhice do Flamengo à parte, a omissão da nossa diretoria acabou sendo fator determinante pra derrota. Em hipótese alguma Wilton Pereira Sampaio poderia ter apitado o jogo. Quando o Palmeiras não pode ganhar um jogo, a CBF o escala. E se durante o jogo o Palmeiras ameaça vencer, ele entra em ação. Isso vem de muito tempo. Nos últimos 8 jogos com Wilton no apito foram 6 derrotas e 2 empates.

Leila Pereira deveria ter agido preventivamente. Sua omissão custou caro. Virou cúmplice. Tanto na campanha do Flamengo, quanto na escala de Wilton.

Lembrar 2016 nunca é demais: em situação parecida, quando os árbitros da CBF começaram a dar uma ajudinha ao Flamengo, Paulo Nobre convocou coletiva e bateu na mesa para avisar que na mão grande ninguém tomaria o título do Palmeiras.

O ex-presidente quebrou protocolos e agiu para defender o clube. Quando o adversário joga sujo, ficar posando de bom moço não adianta nada. Ficou provado.

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