Por Catedral de Luz
31/08/2020

(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras)

A sequência de bons resultados traz confiança? Sim, mas não é tudo.

Seria um erro entender que os problemas resumem-se à terminologia “vitória resolve”.

Na verdade, uma vitória sustenta o emprego de qualquer preparador técnico quando o futebol apresentado está no mesmo patamar e a camisa do clube é tradicional. Vencer e convencer é uma condicional raiz.

Vitórias, puras e simples, mascaram o vícios táticos que podem levar o trabalho coletivo ao fracasso.

Enfim, o técnico convive com a gangorra profissional e precisa apresentar um algo mais. Constantemente tirar um coelho da cartola.

Vamos transferir os conceitos firmados acima e direcioná-los à “S.E.P.”, time concorrente a títulos.

Anomalias interpretativas a parte, “Luxemburgo” tem o respeito da torcida alviverde. Afinal, os cinco últimos campeonatos estaduais conquistados pelo time palmeirense (1993, 1994, 1996, 2008 e 2020) são brilhantismo para poucos.

Contudo, as conquistas citadas acima não colocam “Luxemburgo” acima do bem e do mal. A exigência por novos capítulos é constante.

Escritor brasileiro, “Machado de Assis” diria: “Ao vencedor as batatas”. E somente a eles a lembrança conferida pela História. Afinal, conforme “George Orwell”, “a História é escrita pelos vencedores”.

Assim sendo e apesar do critério implacável, “Nelson F. Rodrigues” estava certo – e continua – ao afirmar: “Toda unanimidade é burra”.

Pergunto ao ilustre leitor: “Luxemburgo” tem o crédito necessário para prosseguir à frente do elenco palmeirense? Luxemburgo está atualizado com o que há de vanguarda no futebol praticado no mundo?

Ninguém pode afirmar categoricamente, pois as perguntas acima podem levar-nos a uma terceira e talvez reveladora: O elenco acredita nas propostas apresentadas por “Luxemburgo”?

Por respeito ao currículo do técnico alviverde, talvez, os jogadores aceitem e deixem com que o destino faça as honras da casa.

Parece que as respostas o vento soprará nesta semana, onde a torcida demonstra com firmeza aquilo que quer e a “Mídia Palestrina” continua dividida.

Não haverá presidência que possa sustentar um treinador, caso duas derrotas aconteçam nas próximas rodadas, embora perder não seja algo frequente em nossa campanha.

Entretanto, o ato de empatar não é suficiente para aplacar a ira da coletividade palestrina.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.