Por Catedral de Luz
30/06/2021

(Foto: Reprodução)

Beira o absurdo falar de futebol e ignorar o “Pacaembu” como palco histórico da “Terra da Garoa”. Eventos do esporte mais popular do Brasil marcaram suas quatro linhas.

Desde “1940 – abril, mais precisamente –“, “Pacaembu” e “S.E.P.” respiram o mesmo ar romântico e suas páginas se cruzam. Coube ao outrora “Palestra Itália” inaugurar o estádio da municipalidade frente ao “Coritiba” do “Paraná” (6X2).

Após a primeira vitória o hábito de transformar o entorno do gramado em festa tornou-se uma realidade por parte do time palestrino. Foram “26” títulos conquistados no “Pacaembu”, o que chancelou aos esmeraldinos a alcunha de “maior ganhador de campeonatos do próprio da municipalidade”.

Entre as taças levantadas, a primeira veio em maio, um mês após o jogo inaugural. Em “Derby” disputadíssimo o “Palestra Itália” levantava a “Taça Cidade de SP” (2X1).

Talvez a lembrança marcante da coletividade alviverde debruce suas atenções há dois anos depois, 1942, quando morreu o líder e nasceu o campeoníssimo – perdoem-me pelo superlativo –.

Apesar da drástica patrulha ideológica imposta ao clube de todos nós, a terceira cor – o vermelho – não pereceu e passou a circular, com intensidade, dentro das veias de cada torcedor. Sustentada pelas mãos de cada um dos onze heróis da “arrancada heroica”, a bandeira brasileira apenas afirmou a quem pudesse interessar que o “Palestra” não era um clube de covardes ou, quiça, traidores.

Depois da “Primavera de 42” muitas outras vieram e a minha primeira foi em “1972”, um “Paulista” invicto e que fez justiça a um time lesado por “Armando Marques”, um ano antes.

Breves e singelas lembranças que nos permitem viajar pelo tempo. Fotografias que homenageiam personagens que o senso comum tornou mito.

“Concha Acústica”… “Tobogã desconstruído”… História… Gol do “Palestra”! Viva o “Palmeiras”! Obrigado meu pai!

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.