Por Catedral de Luz
15/03/2023
“Rumo ao Allianz tomar o que é nosso, desde 1942”. A frase estampada em rede social e publicada por um torcedor rival espelha perfeitamente que a História é um produto de mudanças e permanências.
Todavia, embora o tweet tenha sido apagado – covardia? –, a História recusou-se a aceitar tal desaforo. A irresponsabilidade do autor contumaz não poderia passar em branco, mesmo que pelas mãos caprichosas do destino.
Abordemos a História e o fascínio que o futebol impõe como ferramenta utilizada para entender o passado, corrigir rotas no presente e preparar o futuro.
Cada um carrega seu código moral e por isso a ética ajuda no relacionamento interpessoal. Entretanto, alguns oportunistas esquecem o que fizeram e por puro abuso pedem que perdoemos suas atitudes.
Divino seria deixar para lá e prosseguir, mas eu ainda preciso evoluir. Afinal, o lobo contido em mim prevalece como característica deixada pelos nossos ancestrais de 1942.
Melhor seria o distanciamento. Separar-se do mal com o objetivo de afastar-se dele. Evitar contato – vocês lá e nós cá.
Ceder a Arena é, mesmo que às custas de vantagens técnicas, voltar a viver a “Fábula dos Escorpiões”.
Desconfie dos escorpiões sempre, mesmo que atravessar o rio seja um pedido pontual. A qualquer momento a ferroada surgirá. É da natureza deles.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.