Por Catedral de Luz
29/10/2021

(Foto: Reprodução)

Enquanto o torcedor alviverde luta contra seus próprios moinhos de vento, feito um “Dom Quixote” contemporâneo, a concorrência demonstra que sangra e é mortal.

O futebol não se alimenta apenas do lado técnico e tático. O emocional permite que você ganhe jogos difíceis, mas também perca partidas fáceis.

À medida que os resultados contrariam as expectativas aqueles que aplaudiam passam a vaiar, ao melhor estilo passional de ser.

Certamente, o mais ortodoxos entre os torcedores corneteiros da “S.E.P.” não imaginariam que o invencível adversário da final da “Libertadores pudesse entrar em crise, inclusive de identidade. Há uma grande diferença entre o que podem e o que fazem dentro das quatro linhas. Dependendo dos problemas internos será difícil encontrar o fio da meada.

Caro amigo alviverde, isso não é problema nosso! Temos nossos fantasmas a exorcizar e isso nos basta.

Alias, alguns torcedores deram de gravar nossos gols e analisar feito “Freud” o semblante dos jogadores que não comemoram e, pasmem, viralizou.

Agora, além das assistências, “Scarpa” deve sorrir, pois nossos ilustres psicólogos, que atentamente sentam ao redor das quatro linhas, concluíram que o atleta não é introspectivo. Insatisfeito, na verdade.

É o tal negócio, palestrinos: “Onde não há crise a gente inventa”.

Todavia, chegou a hora de crescer. Reparar que o fogo amigo só interessa ao inimigo. Atentar que o futebol é um esporte onde começamos a ganhar fora das quatro linhas.

Criticar é uma atitude valida – inclusive a vaia –, mas só depois do resultado consumado.

Enquanto a bola rolar, respeite a sua inteligência e incentive o time a balançar as redes adversárias.

Fique em casa, caso você não concorde. Deite-se no divã e continue a reclamar. Não perca tempo com o jogo. Seu amor jamais ultrapassará as suas convicções.

Afinal, “Deus” te entende e “Freud” explica.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.