Por Catedral de Luz
12/03/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Quando “Lucas Lima” foi contratado, eu estava convicto de que o camisa “20” seria o fator diferencial do time alviverde. Pois é, depois de três anos e mais de uma centena de jogos, pelo menos três vezes desisti dele.

Fui da tolerância à irritabilidade, com uma facilidade digna dos mais irascíveis corneteiros. Entretanto, por mais que negasse a mim mesmo, eu morreria ao lado do articulador canhoto. Coisa de passionalismo extremo.

Conto nos dedos os jogos acima da média que “Lucas Lima” apresentou, mas eles foram marcantes. Um deles foi ontem.

E aí, caros amigos, eu pergunto: Pago para ver?

“Lucas Lima” é o tipo de articulador em desuso no futebol contemporâneo. Aquele atleta que é apaixonado pelo metro quadrado vazio, dentro das quatro linhas. Falta nele, infelizmente, a gana por esse espaço.

Não fosse pelo ordenado vultuoso e vocês que me leem também aumentariam a vossa taxa de tolerância. Porém, quando o assunto é dinheiro, meus caros amigos, o ônus supera inapelavelmente o bônus nosso de cada dia.

Parece que a última chance foi dada. Nos olhos de “Abel Ferreira” a frase definitiva: “Não me faça desistir de ti!”

Está nas mãos – ou melhor, nos pés – de “Lucas Lima”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.