Por Catedral de Luz
06/08/2021
Prometo a todos que ao final do texto responderei a pergunta que o título traz. Por enquanto é bom lembrar que frases como esta impõe a alguns personagens a imagem irreversível do fantasma acorrentado e cumpridor de sentença nas masmorras sombrias de um castelo medieval.
Este colunista assistiu capítulos da história palestrina que se analisados à luz dos fatos diriam taxativamente: “Está escrito!”. Porém, a vida é feita de surpresas, onde o homem quando quer rompe com o estabelecido e cria novas perspectivas.
Corria a temporada de “1970” e o campeonato de importância nacional respondia pelo nome do futebolista “Roberto Gomes Pedroza”. Apesar da campanha convincente a “S.E.P.” não conquistaria o campeonato – seria vice –. À época o “Fluminense” levaria a taça.
Além do título, o clube carioca citado acima venceria o alviverde em dois jogos, tanto na fase inicial – todos contra todos, em turno único – (0X3, novembro/ 1970) quanto no quadrangular final – melhores campanhas – (0X1, dezembro/ 1970), Começava a ser criado mais um tabu no futebol.
A “S.E.P.” demonstrava inabilidade ao enfrentar o tricolor guanabarino. As estratégias adotadas não favoreciam os palmeirenses e a soberba dominava os vitoriosos.
A superioridade se manteve no início de 1971, quando os times voltaram a se enfrentar pela “Copa Libertadores” – (0X2, janeiro/ 1971, turno) -.
A despeito da ligeira superioridade alviverde, algo sempre acontecia e dava contornos desfavoráveis ao resultado final. Contudo, os dados jogados vinham das mãos dos homens e não de “Deus”. Era a hora de reescrever a história.
Chegávamos à rodada terminal da fase de grupos da “Libertadores” com o mesmo número de pontos dos cariocas, embora a imprensa propagasse aos quatro cantos que o tabu iniciado no ano anterior fosse um divisor de águas favorável ao adversário.
Maracanã lendário, mais de “40.000” torcedores presentes e os esmeraldinos entraram no gramado cientes da responsabilidade. A geladeira às costas dimensionava o quanto difícil seria a partida. Todavia, contávamos com uma arma adicional: “As infalíveis meias brancas”.
Porém, não éramos só as meias brancas. Eu falo da “Academia” e da mística camisa que viera para ficar. Ao final, o resultado surpreendia pelos números e não pelo futebol apresentado (3X1). Eram as águas de março fechando o verão. Estávamos classificados.
“Mílton (Millôr) Viola Fernandes” diria: “O futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia”.
Quanto ao tabu…
Manga com leite não mata.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.