Por Catedral de Luz
07/10/2020

(Foto: Reprodução)

A “internet” veio para transformar a forma de enxergar os fatos, onde oficial e extraoficial se desafiam na hora de informar.

Informar rapidamente é o trunfo para a vitória. É a tacada perfeita que às vezes põe tudo a perder, quando o entusiasmo e a ansiedade não esperam pela hora certa, antecipando aquilo que jamais acontecerá.

Seja na economia, política ou no esporte vivemos intensamente o movimento das peças no tabuleiro de xadrez, mas não podemos inventar ou acreditar em fatos ignorados pela verdade.

Simples assim. Inventa-se ou acredita-se em algo quando os interesses convergem para o mesmo ponto. Sorrateiramente, aquele que planeja, participa e informa; divulga e arrebata seguidores que invariavelmente não checam a fonte. O futebol é um dos pilares de tal processo.

Quantas mídias do universo palestrino você conhece que marcam o seu nome entre os internautas, à base da crítica exagerada, da notícia inverídica e do conceito distorcido?

O importante não é o debate que procura uma saída para um problema específico. Inscrever-se no canal e curtir dá lucros incalculáveis. Importante é falar de si e do mundo particular desse “digital influencer” arrebatador – como diria o amigo “Emerson”, hoje parceiro na casa “Armada Palestrina”.

Perceberam como as “análises” beiram o “nonsense”? Hoje é popular afirmar que “o jogador A errou todas as jogadas”; que “o jogador B não se aplicou, porque se preocupou mais com o salário recebido”; e que “o time alviverde não chegou a lugar algum, porque foi igual a todos os anos”.

Nosso “influenciador” nunca se atenta para retificações – é chato! -;prefere generalizar – embora ninguém consiga errar tudo -; chamar o jogador de mercenário – preciso lembrar do sangue nos olhos do humilde torcedor, ao encontrar o atleta, seja na rua ou no estádio?-; e apresentar traços de “amnésia”, quando faz a apologia da “fila”, embora o time “ano sim, ano não” belisca sempre uma taça.

Entendo que há mais divulgadores de si na “Mídia Palestrina” do que divulgadores da “S.E.P.”. O Clube é apenas uma ferramenta dos propósitos pessoais de quem quer galgar seus “15” minutos de fama.

Senso assim, cuidado ao escolher uma mídia, entre tantas mídias palestrinas. Muitos lutaram para que esse espaço propagasse o nome “Palmeiras”, da melhor maneira possível.

Aos desbravadores midiáticos, o meu mais profundo respeito. Aos “influenciadores”, o meu repúdio e a deixa: “Ainda dá tempo de mudar”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.