Por Catedral de Luz
05/02/2021
Entre o “minuto 99”, quando o inimaginável “Breno” desferiu um cabeceio mortal contra a meta do goleiro adversário e a viagem rumo ao “Catar”, onde o nosso imaginário continua a sonhar com as “mil e uma noites”, a “S.E.P. – clube e torcida -”, teimam acreditar que tudo aquilo que viveram nos últimos dias não é fruto de suas insanidades e tudo tem sido merecido. Afinal, “Deus” colabora com quem labuta, não é mesmo?
Nos últimos dias – insisto porque as coincidências levam-nos à esperança – fomos agraciados com aquilo que a banda inglesa “Police” chamava de sincronicidade (Synchronicity, 1983). Impressionante como os fatos de maneira caprichosa se encaixam sucessivamente.
Um gol saindo no “minuto 99”, justamente o ano da última e única conquista da “Libertadores” proporcionada pelo time ao torcedor alviverde é algo arrepiante e que permite-nos os mais absurdos sonhos.
Mas não para aí, ilustre leitor. Parece que os deuses do futebol resolveram soltar as amarras que prendiam o nosso destino.
“Doha”, capital do “Catar”, é a sede do Mundial promovido pela “F.I.F.A” Lá, tudo cheira a excessos e excentricidades, mesmo que a crença religiosa seja a mais pragmática possível. Afinal, nós falamos do “islamismo”.
Devotos do “islamismo”, os “muçulmanos” fundamentalizam fatos que, coincidências à parte, deixariam qualquer torcedor palmeirense boquiaberto. Dúvidas?
Quem nos passou as informações que se seguem foi o grande palmeirense “Paulo Kuchembuck”, depois de diálogos mantidos com um “sheik islamita” chamado “Hammadeh”.
Hammadeh diz que pessoas valorosas entram no paraíso na forma de “pássaros verdes – periquitos, especificamente -”, para que possam encontrar o profeta “Mohammed (Maomé)”. Curioso?
Conjecturas, diria o ilustre leitor, mas que somadas e psicologicamente bem adotadas podem surtir um efeito mais que produtivo. Afinal, nós falamos de futebol e de atletas convivendo diariamente com o fator emocional agindo sobre o desempenho. Enganam-se aqueles que acham o triunfo fora da caixa algo que não precisa ser meticulosamente trabalhado.
Eu espero que a mensagem atribuída ao “sheik Hammadeh” ecoe entre os guerreiros alviverdes e eles possam entrar no paraíso interpretando periquitos. Periquitos e campeões.
Agora, que venha o “Tigres”. Começamos a escalada da montanha.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.