Por Catedral de Luz
11/02/2022

(Foto: Palmeiras/Twitter)

Mais uma vez a FIFA recordou o Mundial de clubes de 1951. Soou como desculpa, mas que espelha enfaticamente a importância do título e o quanto o fato é histórico, embora desdenhado com escárnio.

Por intermédio da coluna “Galope Peregrino”, em algumas oportunidades escrevi sobre o evento e nelas procurei enxergar a conquista mediante olhos críticos e analíticos de quem sabe o quanto a verdade foi empurrada para baixo do tapete.

À época (novembro/2014), a FIFA deu “spoilers” explícitos sobre ratificar tal campeonato em favor da SEP. Todavia, ela pensou no cacho de marimbondos a ser manuseado e nas ferroadas a serem sentidas corpo afora. Covardemente correu, apesar de documento comprobatório atestar sinais de batom nas peças íntimas de seus mandatários.

Entretanto, caso o nosso time vença o Mundial de 2021(disputado agora, em 2022) é provável que mais uma vez comemoremos dois títulos de mesma nomenclatura na mesma temporada. Ou vocês duvidam que o organismo máximo do futebol não aproveite a chance de resolver esta pendência? Afinal, onde passa um boi passa uma boiada. Fica fácil explicar o imbróglio.

Contudo, a começar pelo adversário inglês, a tarefa será das mais difíceis. A superioridade técnica do Chelsea é evidente e a SEP deverá contar com um jogo perfeito, infalível e, é claro, contar com a sorte.

Assisti inúmeros jogos imprevisíveis deste esporte chamado futebol. Competidores limitados superando seus próprios limites e levantando taças impossíveis aos olhos da crônica esportiva. Por isso que o onze contra onze é apaixonante e, talvez, a única saída viável para Davi derrotar Golias.

Enganam-se aqueles que pensam que o Palmeiras é o Brasil frente os ingleses do Chelsea. Na verdade somos apenas a SEP de seus torcedores e nada mais. O gosto amargo de fel de todos estes anos em que fomos julgados como uma piada pronta.

Acho que chegou a hora de buscar o que nos pertence e que por tantos anos subtraíram da gente.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.