Por Catedral de Luz
16/12/2022

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/GALOPE PEREGRINO”, datado de 12/08/2013.

Solicitamos ao leitor que nos prestigia evitar o erro cronológico cometido pelo anacronismo. Afinal, à época, elenco, aporte financeiro e objetivos sinalizavam uma realidade localizada, da qual hoje não nos interessamos reviver.

“DIREITOS CONTRA A HIPOCRISIA” é a voz do torcedor clamando pela permanência dos valores técnicos remanescentes de 2012, embora os mesmos não fossem de primeira prateleira. Claramente um retrato vivo do ditado – imoral para os valores do Século XXI – de que “quem tem um olho na terra de cego é rei”.

DIREITOS CONTRA A HIPOCRISIA

— A arte não pode perecer – diria o ilustre torcedor. Ele não quer perder o fator inspirador que o fez voltar a frequentar o Estádio Municipal do Pacaembu.

Acalme-se, pois as notícias tendem a melhorar. A saída é possível, mas não da maneira propalada, alta e em bom tom. Ao ficar, aquele que traz luz à camisa 11 esmeraldina será de importância pontual. Ao sair nos possibilita ganhar o oxigênio financeiro e necessário à árdua luta de retorno à Série A.

Aliás, como é bom assistir a S.E.P. e percebê-la amadurecida, depois de inúmeras chagas contraídas durante o fatídico 2012. A sátira dos concorrentes deixou de existir. Deixamos de ser a piada pronta. Batem à porta e não oferecem nada, mas também não levam – o episódio Barcos, a cada dia prova mais a coerência daqueles que participaram do negócio.

É por isso que começo a perceber e alertar sobre as novas investidas patrocinadas pelo maior obstáculo que um clube pode identificar na jornada rumo ao sucesso: “O trabalho cruel e nefasto dos bastidores”. Engano profunda daquele que pensa que jornalista não carrega para as teclas do computador a bandeira de seu clube de infância – ou maturidade?

Valdivia não pode pagar a conta como “bode expiatório”. Ele fez valer seus direitos, assim como qualquer membro da sociedade utiliza-se das brechas deixadas pela lei. Não querer entender pressupõe vestir a carapuça da hipocrisia.

Valdivia não é anjo, mas também não é demônio. Ou melhor, Valdivia é gênio, o que para a Antiguidade, era o mesmo que “demônio”. Sendo assim, Valdivia simplesmente é, e querem apagá-la da História.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.