Por Catedral de Luz
22/02/2021

(Ilustração: Reprodução)

Diz a lenda urbana que o palmeirense é extremamente chato, desde 1914.

Todavia, caro leitor, eu pergunto: Temos motivos ou não? A resposta é afirmativa, desde que o primeiro navio contendo imigrantes italianos aportou em solo brasileiro.

A literatura é farta sobre o assunto e abrange a “pauliceia do Século XX” e a mistura de etnias da “terra da garoa”.

Carcamano, calçar as mãos, errar no peso…, não é hora para visitarmos o início do século passado, porque a emergência sugere assuntos e personagens cotidianos.

Aquilo que outrora revestia-se das tramas de bastidores, no mais profundo silêncio, hoje é explícito, ao vivo e em cores, à base de ironia e sarcasmo, com aplausos dos alienados que se mantêm distantes das luzes da ribalta.

A “cartolagem” brasileira perdeu a vergonha de usar a camisa de seu clube de coração – diga-se, em pleno exercício profissional, o que deixa a ética distante –.

Erros administrativos recebem a voz interpretativo de quem lamenta o acidente e passa o pano melancolicamente – imagine se você fizesse o mesmo com um filho? –.

Agora, aquele que labuta, planeja e acredita em “somos um só” recebe um tratamento de criminoso, como se a competência exemplificasse o quanto devemos tratar a todos em vala comum. Coisa insana, não é mesmo?

Cuidado com os caminhos urdidos na legalidade. É Através dela que o mundo percebeu que pode levá-lo na conversa.

Enfim, o homem não precisa provar honestidade. Basta que ele pareça honesto.

O mundo virou de ponta cabeça, com a conivência de todos, inclusive no futebol.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.