Por Catedral de Luz
21/10/2020

(Foto: Reprodução)

Saímos ao mercado em busca de um novo preparador técnico.

Mais do que um treinador, pura e simplesmente, fomos ao encontro de um conceito. Por que?

O futebol deixou de ser aquele malandro com gingado a perambular pelas várzeas. O romantismo acabou e a ciência e tecnologia pediram passagem.

Falar em técnica é costume nas terras tupiniquins, mas a tática é fundamental em pleno Século XXI. Aliada ao preparo físico é capaz de prodígios inimagináveis para quem aprendeu a evitar a arte com o bloqueio dos espaços.

A luta pelo metro quadrado dentro das quatro linhas passou a importar tanto quanto o gol anotado. Afinal, um depende do outro intensamente.

E aí, se aqueles menos afortunados pelo talento in natura evoluíram, por que não aprender com eles sobre disciplina de jogo? Para isso era preciso estudar filosofias estratégicas.

A “S.E.P.” demonstrou desconforto com a leitura que fazia do futebol. Escolhas que os cronistas criticaram diariamente. Era hora de mudar. Buscar fora da caixa.

É possível que após os infortúnios dos caminhos equivocados, “Miguel Angel Ramires Medina” seja o nome que transformará o horizonte alviverde. Porém, a ética, artigo em desuso no esporte competitivo poderá ser o nosso algoz. Dinheiro não é tudo, não é mesmo?

Talvez a volta do “Equador” seja um exemplo de mãos vazias, mas um aprendizado, onde os valores profissionais deixam claro que o mundo mudou.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.