Por Catedral de Luz
14/04/2021
Acreditem, caros amigos. Eu não sou um partidário de teorias conspiratórias e afins. Falo do que observo e concluo. Futebol é feito de outros fatores, outros interesses e assemelhados que ultrapassam os limites das quatro linhas.
Futebol não é mercado para amadores. Ele deixou de ser divertimento e passou a ser um negócio valioso.
Principalmente nas últimas três décadas, embora os fatores escusos sempre respiraram no futebol, alguns campeões nasceram por intermédio de mãos sinistras, ajudas sinuosas e interesses financeiros plausíveis para quem cuida do lazer da sociedade.
Insistentemente, o censo demográfico dos clubes decide quem morre ou vive. Não fosse por alguns jogadores acima da média e trabalhos de planejamento impecáveis que fazem a diferença frente ao lugar-comum e nós teríamos o mesmo de sempre, a cada temporada.
Não pensem que o erro crasso será descoberto no pênalti levianamente não assinalado. Já ouviram falar do “frame to frame (quadro a quadro)”?
O erro sobreviverá, acima de tudo, por intermédio da subjetividade. Imagine o contra-ataque sendo interrompido pelo apito indecente de quem puniu a vítima e não concedeu a vantagem, depois da falta vencida.
Já disse que o futebol não é mercado para amadores, mas também não é para inocentes que acham o esporte o universo da ética. Não há fórmula ou receita ideal para o mal enraizado no período anterior. Apontar o erro e denunciá-lo é a alternativa. Até exaurirmos nossas forças.
A eficácia da denúncia está em submeter à vergonha pública aquele que cometeu o ato ilícito e não o ato ilícito em si, pois a História é escrita por quem realiza e acrescenta nela e não por quem se aproveita dela.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.