Por Catedral de Luz
23/07/2022

(Fotos: Palmeiras/Divulgação)

Revisitamos aqui mais um texto publicado pela parceria PTD/ GALOPE PEREGRINO, datado de 8/04/2013.

“A PONTE CAIU” fala de nossa vitória frente a Ponte Preta, em Campinas (2X1, Campeonato Estadual). À época, desacreditados, não entrávamos às quatro linhas a não ser interpretando o mísero papel de coadjuvantes.

Quase uma década depois e embora líderes de um campeonato equilibrado, mantendo nossa dignidade intacta, por intermédio de um futebol eficiente e competitivo, somos ignorados entre os favoritos e não encontramos justificativas plausíveis para tal descaso.

Melhor que seja assim. Continuamos a interpretar o personagem que surpreendeu a Ponte Preta, em Campinas.

A PONTE CAIU

A Ponte caiu e não estamos falando da Ponte Mílvio, nas proximidades da Antiga Roma.

A Ponte caiu e não foi pelas mãos de Constantinus, Imperador Romano marcado por professar a crença cristã.

A Ponte caiu e não custou a vida de soldados, um trono ou o poder.

A Ponte caiu e foi a velha Ponte Preta de Campinas.

A Ponte caiu e foi pelas mãos de Gílson e de seus quatorze legionários.

A Ponte caiu e custou sangue e suor. Talvez eleve o moral e o sonho com algo melhor.

A Ponte caiu e o medo de ter despertado o gigante é presente.

Torcedor alviverde é hora de povoar o vale do Pacaembu, torná-lo nossa Ponte Mílvio e reconquistar a coroa que um dia nos pertenceu.

Claro que encontraremos obstáculos. Contudo, enquanto for possível, que o adversário sinta o nosso veneno.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.