Por Catedral de Luz
02/09/2022

(Foto: Reprodução)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 22/05/2013.

“A II GRANDE ACADEMIA” nos fala de um dos inúmeros momentos brilhantes da história palestrina.

Arte contemporânea envolvida pelas malhas dos anos de chumbo da década de 70, a SEP iluminava as quatro linhas com a plástica de um futebol que nada devia se comparado aos melhores times europeus.

Entretanto, o mundo moldado pela globalização estreitou as distâncias entre os continentes e o poderio econômico falou alto.

Em contrapartida cada clube brasileiro buscou suas diretrizes e hoje, certamente, se sobressai quem melhor entende as suas forças, influências e parceiros.

A SEP escolheu suas ferramentas e somente a cada término de temporada poderemos mensurar ganhos e perdas e aquilo que pode prosseguir ou mudar.

Porém, no tocante ao futebol, algumas abordagens evidenciam clareza, pois temos um dos 3 melhores técnicos de nossas páginas históricas e o elenco, justo em suas proporções, é competitivo e pode virar em nosso favor o destino traçado pelos “Professores de Deus”.

A II GRANDE ACADEMIA

Janeiro de 1973, a cidade de Paris assiste à assinatura do acordo de paz entre norte-americanos e vietnamitas que põe fim à “Guerra do Vietnam”. Assim sendo, a “Treze Colônias” fazem o caminho de volta e trazem na bagagem o orgulho ferido.

Meses depois – abril –, os Estados Unidos trazem à luz o World Trade Center. As “Torres Gêmeas” eram os edifícios mais altos do mundo. O norte-americano mais pessimista não poderia supor uma tragédia, vinte e oito anos depois.

Mas o mundo continuava a girar e o “totalitarismo coercitivo” era o “pé do baralho”. O mês de setembro testemunhava, no Chile, o fim da democracia do governo de Salvador Allende e o início da ditadura militar de Augusto José Ramón Pinochet Ugarte. Os “anos de chumbo” chegavam às terras do “Mago”.

Contudo, o futebol continuava contrariando a seriedade dos inúmeros problemas sociais. A década de 70 assistiu, por exemplo, a “II Academia” da SEP. Assim sendo, onde houvesse a dor e a tristeza, a arte alviverde traria conforto e alegria, principalmente à coletividade palestrina.

Cirurgicamente decisiva, a “II Academia” respirou inúmeras conquistas no período de 1972 e 1974, entre elas o “Campeonato Nacional de 1973”, terminado em fevereiro de 1974.

Disputado por 40 clubes, o “Campeonato Nacional de 1973” foi concluído em 2 turnos. Coube à “II Academia” uma campanha inquestionável de 25 V, 3 D e 12 E.
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Indiscutivelmente competitiva, a “II Academia” apresentava uma defesa consistente e um ataque econômico, porém letal, levando seus adversários à morte, lenta e paulatinamente.

Capaz de se impor aos mais temíveis adversários, a “II Academia” chegou a surpreender o milionário Barcelona de Cruiyff e arrebatou o título do “Troféu Ramon Carranza de 1974”. Cádiz, na Espanha, era um dos palcos preferidos da “Filarmônica Palmeirense”.

À SEP nada era impossível e cada título alcançado oferecia indícios de uma fase positiva e interminável. Contudo, os homens se imaginaram maiores e a fonte foi secando.

É possível retomar o ritmo e encontrar o elo perdido? Certamente! Basta dar passagem ao espírito vitorioso, onde os nomes se projetam através de suas virtudes e não por intermédio de um marketing mentiroso e plastificado.

Esperamos que a simplicidade seja a palavra de ordem corrente e a Série B seja disputada com estratégia e competência. Embora o torcedor recuse determinadas conquistas, vencer é sempre bom e nos ensina o caminho de volta.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.