Por Catedral de Luz
17/02/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 06/09/2013 e batizado pelo nome “A HISTÓRIA DE MATTHIAS SINDELAR, O HOMEM DE PAPEL”.

Singela analogia que procura comparações entre atletas futebolísticos – aqui Barcos e Matthias Sindelar. Um deles, única e exclusivamente pensou na carreira, enquanto o outro valorizou sua ideologia social.

Alto lá quando procurar em algum jogador as virtudes necessárias para erguer-lhe uma estátua.

Jogadores iguais a Rony (*****), Raphael Veiga (****) e Wéverton (***) merecem destaque, porque vão além da justa meritocracia profissional. São alviverdes 24 horas por dia.

Dois deles (Rony e Wéverton) aprenderam a amar a SEP. Mas o outro (Raphael Veiga) nasceu gritando gol palmeirense. Contudo, todos honram a história de Matthias Sindelar.

A HISTÓRIA DE MATTHIAS SINDELAR, O HOME DE PAPEL

Vamos enfrentar o Atlético (GO), neste final de semana, na cidade de Itumbiara. Era de se esperar um jogo menos dificultoso, mas o excessivo número de desfalques da equipe alviverde vem paulatinamente estreitando a diferença técnica entre as equipes.

O futebol moderno diz a quem possa interessar sobre a dificuldade de manter-se à frente dos competidores, jogando duas vezes por semana. É preciso elenco, planejamento e distância das “forças ocultas”. Aliás, alguém ainda acha que o colunista cultiva “teoria conspiratória”?

Problemas existem e pertencem ao cotidiano. Porém, o que fazemos com aqueles que manufaturamos, frutos da vendeta esmeraldina? Infelizmente somos o Quixote de Cervantes lutando contra moinhos de vento.

Ilustres colegas da “Mídia Palestrina”, reconhecidos por seu pioneirismo, hoje polemizam assuntos que perfeitamente poderiam ser abordados em mesas de botequim. Afinal, futebol é guerra e estamos deliberadamente fomentando nossos inimigos, apontando para eles nossos supostos defeitos ou incorreções de comportamento, se assim quiserem panfletar.

E o Barcos, hein? Prometo que não voltarei a abordar tal assunto outra vez. Para mim é fato solucionado. Ele se utilizou da “Lei Pelé” e pressionou sua saída. A toque de caixa fechamos um negócio duvidoso, que graças aos deuses do futebol começaram a dar divisas – Vilson e Leandro, certamente; Léo, talvez; e Rondinelly, o lado frágil do mercado.

Entretanto vejo pontos interrogativos sobre as cabeças dos nobres leitores. E o Barcos, hein? Assim sendo vou contar uma história que talvez faça você repensar.

Matthias Sindelar era um centroavante goleador que jogava pelo selecionado austríaco – 43 jogos, 27 gols –, chamado de “Time Maravilha”.

“O Homem de Papel”, assim chamado pelo estilo refinado, foi considerado o esportista austríaco do Século XX – conquistou a “Eurocopa 1932”.

Bastou a “II Grande Guerra Mundial” explodir para influenciar no mapa do futebol europeu. Um ano antes, a Alemanha invadiu a Áustria anexando-a em sua geografia. Os melhores futebolistas austríacos passaram a envergar a camisa germânica. Menus um, Sindelar.

Sindelar não se renderia aos caprichos de Hitler. Social-Democrata e pró-judeus, ele foi encontrado em seu apartamento, ao lado de sua namorada, Camilla, mortos por asfixia, através de monóxido de carbono.

Matthias Sindelar teria tudo aos seus pés e não se sujeitou. Morreu o homem e imortalizou o mártir. Quantos jogadores fariam o mesmo? E o Barcos, hein?

Atualmente…

Empate no Derby de meio de semana. Provamos, mais uma vez, o quanto é difícil derrotar o Palmeiras. O destaque fica eternizado a Rony, pelos gols e trabalho dado ao sistema defensivo adversário.

Rony: “O nome do jogo – GALOPE PEREGRINO/PTD”

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.