Por Catedral de Luz
09/11/2020

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

“Abel Ferreira” versus “Sá Pinto”. Amigos e adversários ao mesmo tempo. Estratégias formadas a partir de extratos distintos. A vitória sorriu ao português com o maior teor de ousadia.
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Em busca das primeiras colocações, “Abel” propôs um time sólido, arrebatador de três quartas partes do gramado, mas que encontrava um sistema defensivo compacto e uma cancha precária, repleta de saliências – “Luiz Adriano” e “Pitbull” que o digam –.

Conforme o nosso “Gajo”, não vamos aqui reclamar da falta de sorte. Encaremos a realidade e procuremos respostas para nossas perguntas. É nosso dever solucionarmos nossos problemas. É um termo de responsabilidade contraído com o nosso clube e nossos torcedores.

Desta forma, caminhando com as próprias pernas e assegurando-se da presença das melhores opiniões ao seu redor – porque os grandes homens sabem dar ouvidos –, o técnico alviverde vai sutilmente demarcando território. Caso os fatos continuem nas proporções apresentadas, não seria loucura afirmar que dos desafetos plasmados no elenco, três ou quatro iguarias possam salvar-se do fogo infernal – eu ouvi falar em “Lucas Lima”, “Scarpa” ou “Rony”? –.

Com o grau máximo de aproveitamento quanto a partidas sobre seu comando, “Abel” vai comendo pelas beiradas e não vem queimando os lábios. Adepto forçado do estilo pragmático, ele não vem desperdiçando chances por insanidade.

Agora é o “Ceará”, “Meu Comandante”. Adversário chato, mas não impossível de ser derrotado. A vitória resida, talvez, no simples ato de não acumular erros gratuitos e aproveitar as poucas chances permitidas por competições de mata-mata.

Contemos os feridos, reorganizemos as tropas e preparemo-nos para o ataque sincronizado.

Depois das caravelas vem por aí um jogo de “180 minutos”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.