Por Palmeiras Todo Dia
14/06/2021, 16h00

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Quando o Palmeiras derrotou o Santos no já eternizado 30 de janeiro de 2021, conquistando o título da Libertadores no Maracanã, o técnico Abel Ferreira tinha apenas 88 dias de trabalho. Foi sorte.

Na campanha vitoriosa do bi da América, o Palmeiras fez excelentes jogos, mas o mais marcante, sem dúvida, foi sobre o River Plate, na Argentina. Aquele 3 a 0 diante do melhor time do continente nos últimos anos ficou barato. O Verdão poderia ter vencido tranquilamente por 6 a 0. Foi sorte.

Não bastasse ter conquistado a Libertadores, o Palmeiras ainda foi avançando na Copa do Brasil, deixando para trás adversários que eliminaram grandes equipes do futebol brasileiro. Foi sorte.

Na final da Copa do Brasil, o Palmeiras não tomou conhecimento do “copeiro” Grêmio. Ganhou com autoridade fora de casa e em casa, conquistando pela quarta vez a competição nacional. Abel completava 124 dias de trabalho. Foi sorte.

No trabalho desenvolvido para conquistar duas taças importantes em pouco mais de 4 meses, com jogos a cada 2 ou 3 dias, o técnico Abel Ferreira recuperou atletas que estavam em má fase, como Gustavo Scarpa, Raphael Veiga, Emerson Santos e Rony. Foi sorte.

No meio da maratona de jogos, Abel Ferreira também precisou superar desfalques por lesão e por Covid-19, o que reduziu ainda mais o elenco. Foi sorte.

Mesmo sem tempo para treinar, Abel Ferreira fez o Palmeiras disputar partidas em excelente nível, o que não acontecia antes da sua chegada.

3 a 0 no Ceará. Foi sorte.
3 a 0 Athletico-PR. Foi sorte.
5 a 0 Delfin. Foi sorte.
3 a 0 Bahia. Foi sorte.
3 a 0 Libertad. Foi sorte.
3 a 0 no River Plate. Foi sorte.
4 a 0 Corinthians. Foi sorte.
3 a 0 Fortaleza. Foi sorte.
3 a 0 São Caetano. Foi sorte.
5 a 0 Del Valle. Foi sorte.
3 a 0 na Ponte Preta. Foi sorte.
6 a 0 Universitario. Foi sorte.

Obviamente toda essa sorte não foi de Abel Ferreira, mas da diretoria encabeçada pelo presidente Maurício Galiotte, que nos últimos 7 meses surfou na onda de um treinador sério e competente, mas que infelizmente parece estar atingindo o final da vida útil no cargo.

Ao não atender os pedidos de Abel Ferreira, que queria a qualificação do elenco visando mais conquistas, ao não blindar o técnico, que comprou sozinho brigas com CBF e FPF por causa do calendário, ao não dar respaldo público ao treinador depois de resultados ruins e da perda de títulos, ao não cobrar jogadores acomodados, Galiotte mostra que não liga para a sorte que teve de contratar Abel.

Obviamente Abel Ferreira não é o melhor treinador do mundo. Já cometeu vários erros em sua curta passagem pelo Maior Campeão do Brasil, mas sendo um profissional novo e inteligente, certamente está adquirindo conhecimento para aperfeiçoar seu trabalho.

Não há dúvidas que o melhor técnico para o Palmeiras hoje é Abel Ferreira. Mas nenhum treinador resiste à tamanha incompetência de seus superiores. Felipão (campeão) não resistiu. Cuca (campeão) não resistiu. Abel, como já dissemos acima, parece estar no final da vida útil no cargo – técnicos da gestão Galiotte duram em média 7 meses. Coincidência não é, tampouco culpa dos treinadores.

Perder Abel Ferreira por causa da incompetência do presidente seria como jogar um bilhete premiado no lixo. Não jogue fora sua sorte, Galiotte. Tome atitude de líder. Atenda aos pedidos do Abel. Cobre o elenco. Reformule sua diretoria. Peite a CBF. Rebata a imprensa. Seja PRESIDENTE! Basta de omissão. Basta de sorte.

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