Por Leandro Santile
24/01/2022

(Foto: Reprodução)

Amigos Palestrinos, bom dia.

Depois do acontecido no sábado, durante o jogo da copinha, não poderia deixar de esbravejar toda minha indignação, não só com o ocorrido, mas também com toda conduta da arbitragem e das autoridades responsáveis pela partida.

Cheguei a acreditar que havia retornado no tempo, talvez Sheldon Cooper finalmente tenha inventado a máquina do tempo e eu, utilizando-me da mesma, retornei pouco mais de três décadas para jogar uma partida da várzea em Barra Bonita, minha cidade natal.

Nessa época sim, era normal as pessoas que aos domingos se dirigiam aos campos das fazendas locais para assistir os jogos levarem facas para descascar uma laranja para o filho, ou até mesmo uma cana-de-açúcar, algo que acredito não ter nos arredores da Arena Barueri.

Óbvio que os delírios de uma série de TV jamais irão ser consumados e com isso levo-me não a pensar, mas a deduzir que: “ Uma pessoa que sai de casa armada, não vai assistir ao jogo, nem chupar uma laranja, já sai de casa cometendo um crime”.

Definido que o crime ocorreu, o Art. 213 do Código Desportivo Brasileiro, o qual prevê em seu inciso III e § 1º, que o lançamento de objetos no campo sujeitará o clube, responsável pela torcida de onde veio o arremesso do objeto, a uma multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00(cem mil reais), e conforme for a gravidade do incidente, à perda do mando de campo.

Bem, uma faca, será que é grave? Ou a faca precisa causar um dano maior a um jogador para ser considerado grave? Já presenciamos times perdendo mando por muito menos do que isso, e até o momento não vejo nenhuma reação das autoridades em uma punição ao clube. Será que se fosse ao contrário seria tratado dessa forma?

Outro ponto que ficamos na interrogação é: Por qual motivo não foi encerrada a partida? Todos só tinham a perder com a continuidade da mesma, se o time do Morumbi empatasse e vencesse a partida, o bandido portador da arma branca seria o herói da torcida e desencadearia muitos outros a fazerem o mesmo, ou estou errado?

E se outra invasão acontecesse ao final da partida, tal qual aconteceu com um time do sul do país? Que segurança teriam os atletas?

Não vou entrar na questão psicológica, não sou psicólogo, mas que muitas questões ficaram e que muito precisa ser feito para a melhoria desse espetáculo, não tenho dúvidas de que é preciso. A Federação cobrar das autoridades não é o caminho, afinal ela é a autoridade que organiza a copa.

Que os ventos do futuro (não foi sacanagem, será?) nos reservem bons momentos no âmbito esportivo, não criminal e que nos meninos tenham toda a paz necessária para a final de amanhã. Sou eterno defensor da base, boa sorte garotos!

Avanti Palestra.

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