Por Djalma Verdão
24/02/2021
A História do Futebol brasileiro pode ser dividida ciclos distintos desde a sua implementação em nosso país.
Para desenvolver tal narrativa sobre este tema, é necessário resgatar alguns fatos registrados nos anais da História do Futebol Nacional.
O período inaugural ocorrido por volta de 1875 teve como premissa o cunho experimental, ganhando desenvoltura no decorrer da sua evolução, estendendo-se até 1941, período onde surgiram grandes jogadores brasileiros, onde prevalecia a rivalidade sadia habitando unicamente a amplitude do talento.
Em 1942 este ciclo é interrompido com o advento de uma atitude espúria, que viria macular vergonhosamente o Futebol Nacional, quando o SPFC de forma covarde e oportunista, às vésperas da decisão do Paulistão do mesmo ano de 1942, utiliza a política demagógica ao perseguir o clube Palestra Itália, acusando-o levianamente de estar alinhando ao Eixo Roma-Berlim-Tóquio, pactuado durante a Segunda Guerra Mundial, implicou ao Clube Palestrino a formalização de uma ampla batalha jurídica para comprovar nenhum vínculo com o Regime Fascista de Benito Mussolini, e que, mesmo assim, foi obrigado a alterar a sua denominação para Sociedade Esportiva Palmeiras, onde o já Alviverde respondeu através da inesquecível Arrancada Histórica, derrotando o oportunismo barato do SPFC, em que os seus jogadores fugiram dos gramados, temendo sofrer uma goleada histórica, “contentando-se” com os 3×1 impostos pelo Palmeiras que viria a coroá-lo como Campeão Paulista, colocando o seu inimigo no devido lugar.
Após esse episódio, à época um divisor de águas, o futebol nacional foi reconduzido à hegemonia do talento, onde a partir de 1958 a 1970 a plenitude técnica, inerente a inúmeros jogadores brasileiros que foram recompensados nesses 12 anos com as conquistas de 3 Copas do Mundo, período onde a Magia do Talento prevaleceu e se impôs.
Em 1971, novamente o SPFC mancha novamente o Futebol Nacional, ao se utilizar do corporativismo político, sob a batuta do então governador do Estado de São Paulo, Sr. Laudo Natel, aliado aos bastidores da FPF, “sagra-se” campeão paulista com a interferência negativa do árbitro, o pau mandado Armando Marques, quando anulou propositalmente um gol de cabeça legítimo marcado por Leivinha, que certamente mudaria o destino daquela decisão.
Todavia, a Sociedade Esportiva Palmeiras não se abatendo com tal descalabro, formou em 1972 um autêntico esquadrão que entraria para História do Futebol brasileiro, conquistando mais 2 Campeonatos Brasileiros, 3 Paulistões (dois desses sobre o inimigo SPFC e um sobre o rival Corinthians) e 2 Ramon de Carranza em gramados espanhóis. O período da década de 1972 a 1979 seria marcado pelas excelentes campanhas do Palmeiras e Internacional/RS, sem, no entanto, sensibilizar a CBF a utilizar todos os jogadores desses dois grandes elencos a comporem a titularidade na Seleção Brasileira, minada pela prática insensata do bairrismo, resultando no fracasso da Copa de 1974, exceção feita à Copa de 1978, que foi um verdadeiro estelionato esportivo.
Os anos subsequentes, entre 1980 a 1990, seriam marcados por um Palmeiras apático, vitimado por más gestões no seu departamento de futebol, pelo surgimento acentuado dos “eleitos” da CBF e Imprensa Marrom, notadamente o Flamengo e Corinthians que, eram frequentemente favorecidos pelas arbitragens, o Sr. José Roberto Wright, então “Maestro das falcatruas da Gávea”, onde o talento dos jogadores do Flamengo que serviam a Seleção Brasileira não era do mesmo quilate do período de 1958/1970.
Na verdade, esse talento foi superestimado tanto pela CBF como pela Imprensa, que ficou comprovado nos fracassos das Copas de 1982, 1986 e 1990.
Por uma extrema ironia e controvérsia, em 1991 foi exatamente o SPFC quem retomaria as rédeas do futebol arte (detentor do elenco que é o maior da sua história), treinado pelo agora amadurecido e precavido Telê Santana aliado com o ressurgimento de um fortíssimo Palmeiras, fortalecido pela inédita parceria firmada com a multinacional Parmalat e o Grêmio/RS assumiriam o protagonismo no período de 1992 a 2000, onde novamente o talento dos jogadores prevaleceu sobre práticas ilícitas extracampo, premiando novamente o Futebol Brasileiro com as conquistas das Copas de 1994 e 2002.
Para finalizar, dissequemos alguns “flashs” ocorridos no período de 2001 até a atualidade de 2021.
Necessário destacar neste período, um Palmeiras novamente vítima de gestões negativas ou equivocadas assim como de reconstrução no seu departamento de futebol, sobretudo de 2001 a 2014,
Neste período, o Futebol Brasileiro é novamente manchado pela prática atos falaciosos e ilícitos, dos quais merecem serem destacados:
— O Campeonato Brasileiro de 2005, quando a CBF e STJD lesam o Internacional/RS e o alijam de ser Campeão ao favorecerem criminosamente o Corinthians não apenas pela arbitragem desastrosa na partida contra o clube gaúcho, mas na anulação fraudulenta de 11 jogos, determinada por Luiz Zveiter, então presidente do STJD.
Foi esse episódio que credenciou o Corinthians a ficar conclamado como o um time de esquemas sujos do Apito Amigo, onde o falso talento tentou se passar por legítimo.
Esse Falso talento foi comprovado na histórica goleada de 7×1 sofrida pela seleção nacional diante da Alemanha na Copa de 2014.
E a Pergunta: Valeu a pena?
— A seguir, a Final do Campeonato Paulista de 2018, onde o Palmeiras é prejudicado com a prática lesiva do quarto árbitro Adriano de Assis ao descredenciar o pênalti assinalado pelo árbitro Marcelo Souza sobre o atacante Dudu e novamente o “Time do Apito Amigo” conquista de maneira ilegal o campeonato, onde novamente prevaleceu o predomínio do falso talento.
Falso talento que novamente seria comprovado na Copa de 2018, onde a seleção brasileira foi tragada pela talentosa Seleção da Bélgica, mantendo o Futebol Brasileiro na Fila da Copa do Mundo.
Novamente a mesma pergunta: Valeu a pena?
Enquanto o Palmeiras fez a sua parte conquistando a Copa do Brasil de 2015, os Campeonatos Brasileiros de 2016 e 2018, o Paulistão e a Copa Libertadores de 2020, com a prática exclusiva do talento, infelizmente o Ciclo da Falsa Locupletação do Futebol Brasileiro parece estar em franca ascensão, pois no último domingo, 21/02/2021, a “Magia do VAR” favoreceu o Flamengo e novamente a vítima foi o Internacional/RS, a exemplo de 2005, onde o Falso Talento continua prevalecendo.
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Ao que tudo indica, na próxima Copa do Mundo no Catar (por ora agendada para 2022) deverá novamente ratificar novo fracasso ao selecionado nacional da CBF.
Mais uma vez o falso talento sufoca o ressurgimento do verdadeiro Futebol Brasileiro em substituição ao charlatanismo praticado por agentes inescrupulosos da CBF.
E, claro, a pergunta que insiste em não se calar: Vale a pena continuar trapaceando?
Talvez só a Dona Lúcia saiba responder…
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Saudações Alviverdes.
Djalma Verdão[]
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