Por Eduardo Luiz
21/02/2025, 09h36
O manifesto organizado por alguns jogadores que atuam no Brasil pedindo o fim dos gramados sintéticos também foi tema da entrevista coletiva que o técnico Abel Ferreira concedeu após a vitória sobre o Botafogo. O português expôs sua opinião e cobrou coerência dos líderes do movimento.
“Sou a favor da qualidade. O gramado, se viesse a Uefa regulamentar ou fiscalizar os gramados do Brasil, passava um ou dois. O que mais gosto é o natural, tudo natural. Mas no Brasil, não há como. Sabem quantas vezes joguei no Maracanã, um dos estádios mais míticos a nível mundial? Quatro ou cinco. Sabem quantas vezes o gramado estava médio? Nenhuma, zero”, iniciou.
“O problema das lesões não é o sintético, o que acontece é mais em termos de articulação, mas é uniforme, não tem buracos. Quando vamos ao Castelão, ao Maracanã, peço para meus jogadores nem virarem o pé. Aqui a questão não é o sintético ou natural. É competência, qualidade e rigor. Quando falamos da Europa, eles investem, tem regulamento, fiscalização, reuniões e quando não está como deve, os clubes são multados”, completou Abel, que aproveitou para sugerir outras pautas aos jogadores.
“Parabéns aos jogadores, adoro quando se unem por uma causa. Estão falando do gramado, tudo certo. mas falem de salários atrasados, fair play financeiro, profissionalização dos árbitros. Juntem e se falem”, encerrou.
