Por Catedral de Luz
05/08/2024

Galope Peregrino - PTD
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Repeti várias vezes neste espaço cedido pelo “PTD” que a vida é feita de escolhas. Todavia, uma parcela de nossa coletividade alviverde não deu conta dessa responsabilidade ao exigir dos jogadores – time de futebol, especificamente – perfeccionismo ininterrupto.

Adeptos do ligar/ desligar, onde os atletas são semelhantes a máquinas, a sapiência das redes sociais entende que o resultado insatisfatório é sinal de complô contra o técnico, em virtude do mesmo “perder o vestiário”. Entretanto, eu pergunto aos seguidores de Elon Musk: O que vocês entendem de futebol, vestiário e grupo de jogadores para discorrer sobre tal assunto? Por acaso falamos a respeito de um técnico recém-chegado ao clube?

Permitam-me falar ao pé de vossos ouvidos moucos: Vocês não sabem analisar dentro dos limites do bom senso os meandros de um trabalho coletivo e fazem de sua natureza frustrada justificativa para macular os outros.

Enforcam, pedem cabeças em bandejas e depois satirizam quando determinados personagens realizam bons jogos frente a SEP e chamam de forma masoquista de “a lei do ex”. Não lhes parece atitude destemperada?

Desculpem pela inflamada ousadia, mas tem sujeito que fala por instinto. Desconsidera a lógica e não articula raciocínio. Não entende – pensar e andar, concomitantemente, não é tarefa rotineira para eles (uma coisa de cada vez) – que o futebol desfruta não só de técnica e tática. Além de condicionamento físico há o fator emocional – passou por vossas mentes que jogador também tem problemas?

Contudo, os filósofos “X” procuram elucubrar através do lugar-comum ao afirmar: “Gostaria de ganhar 50% do salário deles!” Esquecem eles que ganhando o dobro eles não fariam melhor. Apontar o dedo é sempre mais fácil.

Cuidado com o que pedem quando oram, para não se arrependerem.

Aliás, se arrepender do que se faz é sinal de fraqueza.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.