Por Catedral de Luz
08/03/2024

Catedral de Luz PTD
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Fossem outros os resultados alcançados – algo como a indesejável mediocridade – e nossos adversários não consumiriam tempo, verbo e veneno com Abel Ferreira.

Assim sendo, o motivo está próximo da máxima popular que repete insistentemente “o prego que se destaca é aquele a ser batido. Simples assim.

Não há no Brasil um dia que o “nosso português” não sofra impressões da “crítica especializada”. Positivas – poucas, mas consistentes – e Negativas – inúmeras e passionais em sua maioria – elas se intercalam.

Várias foram as oportunidades que o “técnico alviverde” teve para pôr os pés na estrada e não o fez, em virtude, primeiramente, da sagacidade de nossa Presidente – quando seus pensamentos se resumem apenas à SEP, nossa “líder máxima” é praticamente imbatível.

Suas entrevistas coletivas são concorridas e principalmente a “imprensa oficial” formula perguntas envolvidas em capciosidade. Mas Abel Ferreira dribla as armadilhas e chega ao final de todas elas com a verve de um vencedor.

Mesmo assim, boa parcela da torcida – na qual me incluo – sabe que o fim se aproxima. Penafiel receberá seu filho de volta e, provavelmente, ele nunca mais contará suas anedotas por essas bandas, fruto de sua exacerbada competência e do egoísmo deste palmeirense que vos fala.

Quanto ao que restou de sentimentos desta história, eu lamento profundamente por todos aqueles que não lograram curtir todos esses anos de conquistas. Para eles, uma das piores sensações será dedicar suas preces ao retorno impossível.

Quem falou que o “Sebastianismo” é coisa apenas dos irmãos portugueses.

Nota:

O Sebastianismo foi uma crença ou movimento profético que surgiu ao final do século XVI, após o episódio do desaparecimento de Dom Sebastião, Rei de Portugal, na “Batalha de Alcácer-Qibir (1578) e que gerou uma crise sucessória.

Em meio à fé acreditava-se que Dom Sebastião retornaria e colocaria fim aos problemas instaurados com a sua ausência.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.