Por Eduardo Luiz
12/11/2023, 00h39
Se depois da derrota de quarta-feira para o Flamengo o técnico Abel Ferreira concedeu uma entrevista coletiva leve, descontraída, após a partida de sábado contra o Internacional, vencida pelo Verdão, ele estava irritado e disparou para todos lados, desde os cornetas da torcida, passando pela CBF e terminando na diretoria. O único momento “ameno” foi quando ele elogiou um colega de profissão.
Veja abaixo os principais trechos:
Recado aos cornetas
“Digo isso aos meus jogadores: não se deixem influenciar por torcedores que ficam em casa só criticando. Se calhar nem sócios Avanti são. Por isso temos um espírito de grupo muito forte. São 3% dos torcedores. Alguns. O treinador sou eu. Acerto e erro, como todos. Mas a sensação que tenho é que os torcedores que ficam em frente ao computador sabem tudo. Mas prefiro valorizar os outros 97% dos torcedores. Uma equipe que luta para ser campeão merece estádio cheio. Não sei se vamos ganhar, só prometi dar meu melhor.”
Calendário/CBF
“É uma vergonha a CBF deixar fazer 8 jogos seguidos com 2 ou 3 dias de descanso. É insano. No último jogo aqui o Athletico-PR ficou sem dois jogadores. Agora perdemos o Luan. Hoje o Internacional ficou sem dois jogadores. É uma vergonha. Isso não faz as pessoas refletirem? O futebol brasileiro tem público top, jogadores de qualidade, fazem o melhor que podem. Felizmente temos nosso Núcleo de Saúde e Performance que nos ajuda, mas no jogo contra o Flamengo não conseguimos. Isso tem que fazer refletir. É uma vergonha! É insano. Enquanto eu estiver no Brasil vão me ouvir dizer. Tudo que falo tem uma única intenção, que é tornar o futebol brasileiro melhor.”
Alô, diretoria!
“Só quero jogar no Allianz Parque. O Allianz Parque é a nossa casa, é ali que quero jogar. O resto não me importa, quero ganhar jogos e títulos, é isso que me pedem. Ganhamos oito títulos e ainda somos xingados porque não é o suficiente. Só quero ganhar e jogar na nossa casa. Eu não quero saber da direção e da WTorre, isso não é problema meu, eu quero jogar no Allianz Parque. Se vamos ganhar ou se vamos perder, não sei, mas quero jogar no Allianz Parque. É isso que nos exigem, é isso que nos pedem, então é isso que vou pedir também e exigir. A nossa casa não é aqui, é no Allianz Parque.”
Estilo de jogo e opções
“Nosso grupo de trabalho acredita sempre. A comissão faz a mesma coisa. Nesses três anos, o Palmeiras joga todas as competições competindo. Sinto muito orgulho dos nossos jogadores. Veja o Vanderlan, o que ele fez hoje (sábado). Vocês não tem me perguntar porque o Vanderlan jogou. Tem que perguntar o que eu quero daquela posição. Quero verticalidade. Não quero um jogador que passe a bola para trás, que é o que faz 90% das equipes brasileiras. Não quero isso. Quero samba, quero verticalidade, quero gols.”
Saída do Endrick
“A única coisa que posso dizer em relação ao Endrick é que, enquanto ele tiver energia, o manteremos lá dentro. Depois… Posso lhes fazer uma pergunta? Por que tenho doze jogadores no banco de reservas? É para ver os outros jogando lá dentro do campo? Oito jogos seguidos. Vocês não sabem, mas já viram os jogadores com aqueles aparelhinhos aqui (GPS). Esse aparelhinho mede o quanto correm, a velocidade que correm. Quando um carro começa a perder rendimento, você troca.”
Renato Gaúcho
“Queria fazer uma ressalva e agradecer ao Renato Gaúcho pelo o que ele disse. Muitas vezes vocês se esquecem. Um treinador sai dali com a emoção à flor da pele e vocês se esquecem disso. Felizmente, o Renato Gaúcho é um treinador genuíno, verdadeiro, não é hipócrita e disse realmente aquilo que aconteceu. Portanto, se eu disse que havia uma única equipe capaz de fazer isso (virar um jogo após estar perdendo por 3), agora eu digo: há duas capazes de fazerem isso. Está bem?”.
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