Por Catedral de Luz
15/07/2022

(Foto: Reprodução)

Originariamente publicado em 01/04/2013 pós Páscoa, “I.N.R.I.” comentava sobre a fé do torcedor alviverde e seu forte desejo de retorno à Série A.

Mais um texto do “GALOPE PEREGRINO” sendo reproduzido e assim como outros aqui revisitados espelha o sentimento da coletividade esmeraldina.

Confiança no time e fé que nossas virtudes não nos deixem nessa hora pontual.

Espero que o texto revisitado seja motivo para que comemoremos nossa permanência nos embates da Copa do Brasil.

I.N.R.I.

Neste final de semana prolongado e tradicionalmente religioso percebemos que alguns assuntos abordados apresentam o mesmo eixo.

O feriado pode ser sintetizado pelo viés da comunicada cristã e representar o ressurgimento de Jesus, mas os judeus alegam que a fuga do cativeiro egípcio tece melhor as tramas da História. Entretanto, o próprio paganismo pede passagem e sopra aos ouvidos incrédulos sobre a mudança das estações – inverno/primavera.

Independente de suas crenças o resultado final leva você a interiorizar-se questionando a melhor forma de buscar respostas para as suas perguntas.

Para nós palmeirenses, por intermédio do cristianismo acreditamos que o ressurgimento tem data marcada. Não pode passar de 2014.

Para nós, palmeirenses, por intermédio do judaísmo preferimos caminhos longos e complexos, com dor e sacrifício, onde a Série B é a penitência a ser paga para merecer a Série A – nossa terra prometida.

Para nós, palmeirenses, por intermédio das crenças pagãs falamos a língua dos camponeses junto aos elementais – água, fogo, ar e terra –. Lendas, mitos e esporte – futebol mais precisamente – tem muito em comum. Afinal, cada vitória vale o suor derramado (água); cada ataque, chute, cabeceio e gol merecem o incentivo de nosso torcedor (fogo); cada espaço na atmosfera deve conter um átimo de nossa energia alviverde (ar); e cada conquista deve ser respeitada como um aumento do solo sagrado a ser pisado por nossa ilustre Academia – mesmo que hoje ela faça parte apenas de nossa história.

Enfim, para nós, palmeirenses dos mais diversos conhecimentos, torcer é mais do que passionalismo, fé ou esperança. A “Sociedade” confia extremamente no círculo da vida que gira e retorna ao mesmo ponto de partida.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.