Por Catedral de Luz
25/03/2022
Embora fosse um dos maiores corneteiros que eu conheci, meu pai nunca fechou os olhos para a justiça. Através dela aprendi coisas que só o tempo vislumbra.
No futebol teimamos com alguns caprichos que somente a sequência dos fatos permite que o torcedor reconheça que está errado, apesar do silêncio, quando o certo seria desculpar-se das maledicências proferidas.
Temos uma rocha em nossa lateral. Capaz de cumprir com sobras as tarefas atribuídas, o veterano Rocha pede passagem no elenco alviverde e quanto mais os jogos demonstram dificuldades seu desempenho é confiável.
Um dos principais responsáveis pela saída de bola palmeirense, Rocha o faz com competência e mesmo assim é menosprezado, talvez porque não carregue a etiqueta de craque, adjetivo que outros o fazem e entregam menos que o necessário.
Rocha nasceu para jogos decisivos e próprios para nervos de aço. Todavia, a mente de alguns reacionários enxergam nele apenas um levantador de bola à área adversária e não percebem que o futebol mudou de roupa no Século XXI.
Rocha, tolerância! A sua carreira tem sido coberta de bênçãos e os títulos demonstram o seu verdadeiro valor.
Trinta e quatro primaveras? Verdade! Contudo, seis de pura alegria e conquistas.
Aqui onde os exigentes te cobram dia após dia são “191” jogos, “7” gols assinalados e “6” títulos alcançados.
Currículo para poucos.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.