Por Catedral de Luz
09/02/2022

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Mais um técnico concorrente punido pela soberba. Parece que a concorrência não aprende com os erros cometidos. Crespo, Cuca, Renato e agora Mosimane.

Professor Mosimane não deixa dúvidas pelos bons serviços prestados aos egípcios. Ninguém rompe de graça a barreira dos “70” jogos e perde apenas “5”.

Mosimane pagou pela língua comprida e por confiar em falsos amigos. Calculou que o resultado frente a SEP estava consolidado, mas de positivo ele tinha apenas a expectativa.

Sendo assim é fácil concluir, após o jogo dessa “3a” que o Al Ahli é um time arrumado e… ponto. Rei entre os africanos e plebeu frente aos outros continentes – América do Sul e Europa, mais especificamente –.

Quem me conhece de outros textos lançados sabe que o problema alheio é alheio e eu não gasto pestanas com ele. Perdeu? Azar! Lamento, Professor Mosimane! A alegria de uns é a tristeza de outros. A recíproca também seria verdadeira.

Fazemos descobertas a cada novo episódio do futebol. Na verdade, por intermédio dos capítulos intitulados como “jogos decisivos” aprendemos a aplaudir os verdadeiros mestres sentados às margens das quatro linhas. Bons são aqueles que poucos subsídios oferecem aos adversários. Abel Ferreira é um deles, ao armar a arapuca que o adversário somente dará conta depois de capturado.

Abel tem o elenco alviverde em suas mãos e não precisa de terrorismo para alcançar seus objetivos. Todo os jogadores compraram a ideia de que o raciocínio tático do “Gajo” está certo e pagam recibo.

É claro que a inteligência pertinente a alguns faz a diferença. Veiga, Dudu e Scarpa, pouco a pouco comprovam que são diferenciados e não estamos a elucubrar a partir de falsas promessas nascidas da superestima. Fruto do plano mental estabelecido pela casa ítalo-portuguesa com certeza.

Mas a casa citada vai além e avante, ao depositar na dupla de zaga uma confiança que a cada jogo cresce. Chame Gòmez do que quiser – esteio? – porém não se esqueça de Luan, a fênix ressurgida das cinzas da própria intransigência do torcedor.

Danilo, Zé, Rony, Rocha, Piquerez… quiça outros mais. Futebol para poucas cabeças diferenciadas, que não se atentam apenas a nomes próprios e, sim, à filosofia implantada. Alias, esta veio para ficar.

Quem sabe o mundo ouça “Palmeiras”, de forma insistente, daqui para frente.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.