Por Catedral de Luz
28/07/2021
Quem assistiu a entrevista concedida pelo ex-presidente da “S.E.P.”, “Luiz Gonzaga de Melo Belluzo”, ao jornalista, palmeirense e parceiro, “Paulo Massini” (Palmeiras 1, 2, 3, 4!)?
Pois é, a experiência permite ao homem a sinceridade suficiente para não mentir para a “História” e fazer uso do “mea culpa”. E foi assim que “Belluzo” resgatou a credibilidade, em meio a um país que tem a memória curta.
“Belluzo” não foi o melhor presidente da história palestrina. Foi, na verdade, o personagem principal de dois episódios pontuais – “Parmalat” e “Allianz Parque” – somente comparados à atitude altruísta do ex-presidente “Paulo Nobre”, no inesquecível ano de “2015”.
Infelizmente, ninguém é perfeito. O grande erro cometido pelo “Economista Palestrino” foi demonstrar-se um “Torcedor Presidente” e não um “Presidente Torcedor”.
Contudo, não posso fazer dele um exemplo entre os medíocres que já governaram o clube esmeraldino. Ao contrário, suas palavras espelham a lucidez e o caráter ideológico que tanto admiro. Todavia, faltou-lhe a sorte indispensável aos conquistadores. Apostou suas fichas e perdeu. Quem falou que a vida é justa?
E por falar em valores, verdadeiro ou falso, em voga constante no “Século XXI”, o “Mundial de 1951” tornou-se uma pesquisa no “Ensino Fundamental” das escolas públicas, brilhantemente apresentada em matéria do “Globo Esporte”.
Os jovens crescem e respiram paradigmas sociais – fakes, por exemplo – e no frigir dos ovos acabam por confundir elementos da linguagem. Qual foi a surpresa da garotada ao descobrir que o maior título alviverde não é fruto do imaginário popular, apresentou testemunhas e goza da veracidade a tiracolo.
Um povo, seja qual for a sua ideologia ou interesses, não pode virar as costas para a sua história permitindo que seus erros voltem a ser cometidos. Sendo assim, ao esclarecer a juventude por intermédio do conhecimento dos fatos resgatamos valores encobertos por interesses outros que não os verdadeiros.
Tratar do que permeia a História é convidá-la para dançar entre mudanças e permanências. Certo seria se aqueles que promovem o antagonismo fossem menos tendenciosos e promovessem a justiça que o anacronismo tanto acorrenta.
A importância do homem – aqui, “Belluzo” – e do fato – “1951” – respiram no trabalho incansável dos pais persistindo na verdade. Afinal, antes de torcedores alviverdes é mister que seus filhos saibam distinguir o joio do trigo e não se iludam por quaisquer trinta moedas.
A escola dá conhecimento, mas o básico educacional vem de casa.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.