Por Catedral de Luz
02/07/2021
Verificando a parte superior da tabela do “Brasileiro” é possível detectar que os favoritos desapareceram. Pasmem, apenas coadjuvantes respondem pelas melhores campanhas, a não ser o criticado e cobrado time da “S.E.P.”.
Pois é, um time que tem a felicidade de transformar erros em acertos, dentro do mesmo jogo, e arrancar, mesmo que a fórceps, três preciosos pontos, não pode ser marginalizado. Indiscutivelmente, um competidor com méritos.
Não seria a hora de pôr a termos os valores que a própria torcida nega ao time esmeraldino?
Embora consideremos o time alviverde aparentemente reativo é notória que sua postura interpreta o papel de quem marca pronto para contra-atacar. Como isto é feito com rapidez, em determinados momentos é confundido com pressa e bem sabemos que ela é inimiga do perfeccionismo.
Contudo, o time de “Abel” tem suas virtudes, principalmente quando suas linhas apresentam foco no seu “modus operandi”. É público que o melhor contra-ataque sul-americano é nosso.
Adjetivos como passes e lançamentos ajustados, bem como articulações entre defesa, meio de campo e ataque soam aos ouvidos como música e só virão por intermédio dos números dispostos pela tabela classificatória.
Entendo o torcedor alviverde e as cornetas que sonorizam o jogo a jogo. Afinal, todos querem um “Palmeiras” invencível e arrebatador, mas no lado oposto do gramado temos um adversário que da mesma maneira foi preparado para vencer e os detalhes têm decidido cada partida, independente dos fatores individuais.
Fica claro a cada adversário que o futebol não se resume à técnica e à tática. Não podemos esquecer dos fatores emocional e físico. Correr certo cansa menos e isto é possível sempre que o mental encontra o equilíbrio.
Campeonato por pontos corridos é curioso, pois ganha quem mantém campanha média, onde o triunfo traz o brilho do bem executado e a derrota é algo que passa desapercebida.
Assim sendo, estamos entre os melhores. Ao nosso lado, coadjuvantes que ousaram peitar elencos “5 estrelas” desavisados.
É bom que continuem menosprezando a “S.E.P.”. A figura de intruso lhe cai bem.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.