Por Catedral de Luz
26/02/2021
Pode até ser que a “F.P.F.”, depois de uma noite profunda em pesadelos reavalie suas decisões, mas eu considero pouco provável. Haverá “Derby”, sim. Não com a expectativa que a cidade espera desse clássico histórico, pois seus divulgadores principais não se preocupam em comercializá-lo decentemente.
Inacreditável! – diria o ilustre leitor – mas os homens continuam a patrocinar a mediocridade como se ela atestasse o quanto o rancor respira dentro de cada concorrente.
Marcar o “Derby” para 4a-feira da próxima semana é mensurar que os fins justificam os meios. O importante é vencer a “S.E.P.” e provocar a queda de um conceito de trabalho que mudou o nosso destino e incomodou os nossos rivais.
Pedir que o anacronismo às avessas surja e coloque termos a “essa palhaçada” seria romântico, mas nada original. É hora de finalizar a hipocrisia que sufoca nossas gargantas.
Qualquer atitude pode soar rebeldia, se não for dentro da legalidade. Porém, até “Gandhi” incentivou a desobediência civil. Assim sendo, no papel de torcedor sou favorável a boicotar o “Estadual” e de alguma forma tangível devolvê-lo ao esquecimento.
O respeito acontece quando o nosso posicionamento condiz com nossa grandeza.
Desculpem-me se não pareço uma fonte de bom senso. Cheguei ao limite.
Dá vontade de reencarnar “Vicente Ragognetti (um dos fundadores do Palestra Itália)” e relançar o semanário “Moscardo”. Tomar de assalto as linhas e insuflar com palavras de ordem os corações alviverdes. Delirar, talvez, que “O Palestra não tem um jornal amigo, um juiz que lhe seja pelo menos justo, e [que] ninguém reconhece sinceramente a sua força no esporte brasileiro…”. Gritar às alturas, para que todos lembrem “Nada de vaselina, nada de ‘sim!’, nada de gaveta aberta, nada de cavalheirismo…”.
Amigo Celso, de “1942, O PALESTRA VAI À GUERRA”, o mundo continua a girar e todos continuam ignorando o “Palestra Itália”. Afinal, pelas mãos calejadas levantamos nosso patrimônio, histórias e conquistas. Isso incomoda, tanto os nossos rivais… quanto os nossos inimigos.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.