Erramos, certamente. Cometemos o equívoco dos conquistadores surpreendidos por si próprios. Confiamos e mantivemos um elenco consistente, mas que poderia – e seria – melhor, se não subestimássemos o trabalho concorrente.
Alguns jogadores chegaram ao seu limite técnico e não entregariam mais do que já fizeram. Assim sendo, para a alegria e bem estar de todos os envolvidos, o caminho correto seria a venda dos mesmos. Contudo, eles manifestaram o desejo de ficar e a “SEP” não insistiu. Mais uma vez o bom senso ensinou ao homem que, a despeito do bom momento, todos devem saber quando mudar.
Outros jogadores foram adquiridos e eles não entregaram aquilo que deles ponderadamente aguardávamos. Infelizmente, o time alviverde era uma tarefa maior do que os novatos poderiam executar.
Entretanto, e apesar dos contratempos, a base preservada era boa. Pecamos, na verdade, no olhar míope em determinados momentos. Enganamo-nos com a responsabilidade atribuída a “Scolari”. Ela apresentava prazo de validade e, principalmente, tinha a cunha de disciplinar uma casa que não praticava os limites. Iludimo-nos com o inesperado título e passamos a acreditar que o “Mestre” alcançaria aquilo que um próximo técnico, talvez menos ortodoxo alcançasse. Faltou-nos seguir adiante, por intermédio de mãos menos sentimentais.
Porém, ao enxergarmos a linha do horizonte vislumbramos terra arrasada? Não! O fracasso dista da realidade, mas cobra caro dos envolvidos. Entre eles, “Mattos”, que apesar do bom trabalho como “CEO” provavelmente não resistirá à ira dos mesmos que o aplaudiram.
Enfim, esta é a latinidade palestrina, onde nada está bom; onde tudo está contido em nosso DNA.
Acredite, somente a sequência de bons resultados pode nos devolver paz de espírito.
Aliás, eu acabei de lembrar: Como é bom ganhar! A arte de ganhar minimiza as injustiças.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira poesia perdidas.