Por Catedral de Luz
04/11/2020
O que “Abel” herdou do “Cebola”? Mais do que “Luxemburgo” deixou. Um time.
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Impressionante? Infelizmente. Afinal, depois de 10 meses, o nível tático da “S.E.P.” deixou nítido o seu empobrecimento estratégico. “Luxemburgo” pensava o time alviverde de uma forma única, interior e pessoal, como se nada precisasse de uma repaginada, embora o mundo prove o inverso a cada dia.
“Cebola” não foi mágico. Apenas pôs em prática um apurado conhecimento dos jogadores que compõem o elenco e aplicou tudo aquilo que de melhor eles podem entregar. Algo como desamarrar os escravos cativos de um sistema que não funcionava.
Agora cabe ao “Gajo” o discernimento de oferecer o óbvio ao time – pelo menos por enquanto –. Em virtude do tempo escasso para os trabalhos táticos aplicar o estilo “Cebola” de jogar. Com a sequência de jogos, atrelados aos resultados que nos permitem prosseguir, aí sim chancelar a autoria de seu trabalho.
O calendário absurdo conspira contra o nosso “Português”. Enquanto alguns concorrentes treinam uma semana para jogar domingo, caso do “CAM”, a “S.E.P.” decide o seu destino em três competições, duas vezes por semana. É o preço da competência? Convença-me!
Mesmo assim é proveitoso meditar sobre o fato. O que queremos do futuro? Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores… Escolher uma delas e conquistá-la ou lutar por todas, indistintamente?
Cada alternativa a escolher, um caminho a fazer. Um título pode perfeitamente ser alcançado com o elenco disponível, mas todas as disputadas – atitude ambiciosa – requerem reforços que permitam rodízio.
Especulando a respeito, com as mensagens passadas pelo Departamento de Futebol do clube concluímos que a alternativa primeira, detalhada no parágrafo acima é uma ideia sensata.
Entretanto, cabe ao torcedor temperança. Aguardar e assistir os próximos episódios. Conhecer a fundo o técnico “Abel Ferreira” e suas ideias, assim como onde encaixaremos os conceitos do interno “Cebola”.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.