Por Eduardo Luiz
18/04/2020, 11h06
Desde a sua demissão, em setembro do ano passado, o técnico Luiz Felipe Scolari ainda não havia dado entrevista, mas ontem, à Rádio Transamérica, ele quebrou o silêncio. Campeão brasileiro invicto em 2018, o treinador viu o Palmeiras fazer um ótimo primeiro semestre em 2019, mas depois da parada da Copa América o time caiu drasticamente de rendimento.
Num curto intervalo de tempo o Verdão foi eliminado da Copa do Brasil pelo Internacional, da Libertadores pelo Grêmio, e perdeu a liderança do Brasileirão para o Flamengo. A sequência de péssimos resultados culminou na queda de Scolari, que deu lugar a Mano Menezes.
Sete meses depois, Felipão tentou explicar o que aconteceu: “Nossa primeira fase do ano foi maravilhosa. Depois desta parada nossa equipe não conseguia mais fazer aquilo que fazia nos primeiros meses do ano. Tínhamos uma sistemática de jogo, principalmente com Deyverson, que não se viu acontecer depois da parada. Não conseguimos imprimir esse mesmo sistema. Depois, Santos e Flamengo melhoraram muito e nós não conseguimos repetir o que vínhamos fazendo”.
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“Tivemos tropeços na Copa do Brasil e principalmente a eliminação da Libertadores contra o Grêmio, onde nós criamos as oportunidades, mas não conseguimos fazer um gol que seria do empate e da classificação. Isso tudo criou uma situação que evoluiu para a minha saída” completou o técnico, que segue desempregado.
Por fim, Scolari negou que tivesse qualquer problema com o diretor de futebol Alexandre Mattos: “Ele era um companheiro de trabalho, e num momento foi solicitado a ele que eu saísse do Palmeiras, mesmo ele podendo querer que eu não saísse. Portanto, eu entendo que a minha saída do clube não foi apenas por uma ou outra razão”.