Por Roberto Galluzzi Jr.
11/02/2025

Campeões! Do mimimi…
Por que senhor? Porque somos tão afetados pela idiotice midiática que nos vende um “produto” chamado realidade? Sim… se a realidade fosse uma laranja, o que nos é apresentado é um suco em caixinha. E nós achamos que é a pura laranja…
Chega a ser constrangedor a forma infantil com que nós abraçamos o blá-blá-blá nauseante das mesas redondas, que só respondem as vozes mais dissonantes e tóxicas. Discursos apaziguantes, contextualizantes, contemporizadores, são rechaçados. Quanto mais funesto, cáustico, tóxico e crítico, maior a audiência.
Sendo assim, formamos uma opinião pública imbecilizada por uma mídia vociferante, que rasteja pela audiência. Jornalismo vive em crise há muito tempo, justamente por se preocupar em VENDER mais do que INFORMAR.
Isto posto, quero crer que nós, Palmeirenses, não somos infantis. Estamos sim, infectados. Se dessa infecção nos curaremos, é outra questão. Mas dá alguma esperança imaginar um dia que seremos mais compreensivos, entendendo a realidade como ela É, e não como gostaríamos que fosse.
PELOAMORDEDEUS… Campeonato Paulista é pré-temporada! É onde se faz testes, o elenco começa a ser preparado pro restante de uma jornada com mais de 50, 60 jogos. Enfrentamos times que já vem numa outra pegada, tendo no Paulista um de seus principais objetivos. Apesar de sermos TRI, o Paulista não nos é prioridade.
Mas o problema não se resume ao Paulista… o problema é como nós, palmeirenses, confundimos “não gostar de perder” com “não saber perder”. Derrotas são absolutamente normais, performances aquém do esperado também. Mas nós não aguentamos duas garfadas desse prato pra começar a vomitar asneiras nas sociais e nas resenhas.
O apaixonado palmeirense é muito cardíaco. Muito passional. Até aí tudo bem. O problema acontece quando nos falta razão, falta a capacidade de olhar e entender a realidade como ela de fato é. Esperamos um “verão” o ano todo. Nossa palafita emocional não suporta uma tempestade sequer.
Na hora que entendermos que o “mar ruim” acontece para todos, não deixaremos que as derrotas sacudam demais o barco, preservando a rota e evitando naufrágios. Avanti Palestra!
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.