Por Roberto Galluzzi Jr.
23/08/2024

Essa nova geração não deve ser contaminada pelo ódio. Não deve escolher o ódio como força para aquilo que tanto ama.

Ame seu time pelas virtudes que ele simboliza (ou, ao menos, pelo que nele projetamos de bom), não pelo ódio aos adversários ou ao treinador, jogadores etc.

Não beijaremos carniça, mas não precisamos execrá-la… deixa ela lá, o urubu que quiser, que aproveite. Futebol é cobrança, é exigência é desempenho. Mas não precisa e não deve ser repositório de rancor ou raiva.

Olhem outros esportes… percebam como é possível um respeito maior, sem perder em nada nossa essência. “Dane-se” o outro… vou tirar ou sarro? Vou! Vou sacanear e ser irreverente? Lógico. Mas não preciso odiar.

Chega de ódio, pelo amor… do que queremos levar pra vida. Força sim! Ódio não…

Enquanto não percebermos que usamos o futebol para vomitar o que há de pior em nosso ser, seremos eternamente repositórios e amargura e ressentimento. E se há algo que essa “Z”eração não precisa, é repetir erros passados.

Palmeirense É diferenciado! Acordem para isso! Wake up, little Susie! Nós pensamos fora da caixa. Nós enaltecemos a cultura que recebemos. Nós sabemos que esse país poderia ser muito melhor, não fosse o privilégio de alguns e a falta de boa educação e boa cultura de outros. Nós sonhamos com um país mais equilibrado em harmonia. Sem luta de classes, luta ideológica ou coisa pior.

Não vou enveredar pro social. Volto ao esporte pra dizer que nesse momento de indignação pelas derrotas e eliminações, não adianta se deixar levar pelo ódio que deságua no rio do “fora, fora!”. Consciência, cavalada, saibamos olhar pra frente, não pelo imediato.

Não se deixem levar pela mídia que reverbera o que lhe dá audiência e destila o imediatismo que tantos apreciam. O Palmeiras precisa ter CALMA e plantar as sementes da próxima temporada, pois pela primeira vez em muitos anos, teremos TEMPO pra isso.

Teremos 3 meses à frente pra montar a espinha dorsal de um time forte e entrosado. A temporada 2025 será especial e sabemos disso. O Abel sabe, o jogadores sabem, a Carminha sabe. Só falta todos combinarem o mesmo… e foco total no Brasileirão. Avanti, irmãos!

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.