Por Roberto Galluzzi Jr.
29/04/2023
Não há um só torcedor aqui no Brasil, sem ser palmeirense, que não espere, avidamente, pela saída do Abel Ferreira do Palmeiras. Que não torça, com todas as suas forças, para que esse instante não tarde. E, tenho certeza, fogos serão lançados pelos adversários quando essa data chegar.
Tem gente que já o coloca na Europa, sem nem mesmo considerar seu contrato, que vai até o fim do ano que vem. Vai pro PSG, vai pro Real Madrid, vai pra Selecinha… algo inusitado para quem sempre se viu em tantos dramas com treinadores. Aí quando finalmente a gente acerta, querem nos arrancar.
Então dona Leila, faça o favor né… não fazemos loucuras, mas garante o “hômi” aí vai. Viver a situação de a cada semana ter uma especulação pra balançar nosso barquito, não contribui muito com o ambiente. A diferença de nível entre o Abel e o que há no mercado é algo considerável e, ainda que tenhamos muito critério numa escolha futura, há padrões próprios que não podem ser reproduzidos.
O “casamento” Abel e Palmeiras vai além de time-treinador. Foi a junção de quem queria um método de trabalho, com alguém que queria um lugar pra implementar o seu. E assim foi, livre e totalmente sinérgico, como que feitos um para o outro. Longa vida à essa união, pois muitos frutos ainda virão.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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