Por Roberto Galluzzi Jr.
24/07/2024

RE-PERCUSSÃO: Excesso de jogos evidencia sede por receita
(Foto: Divulgação)

Aí vemos lá nas “mesas redondas” o seguinte comentário: “o excesso de jogos prejudica a qualidade do futebol brasileiro”. Obviedades a parte, o que esquecem de dizer é que é a mídia – canais de TV – quem paga e exige seu produto tão rentável quanto possível.

E dá-lhe contusões, dá-lhe inconstância, dá-lhe irregularidade. Isso sem falar no pasto em que os jogadores atuam. Se a CBF não fosse a avacalhação que é, tentaria algo fazer algo. E o que seria esse algo?

1) Limitaria a participação dos jogadores a até 65 jogos por ano. Na Europa fazem 55/60. Aqui, até 75.

2) Estabeleceria uma ampla linha de estudo e pesquisa sobre gramados sintéticos, numa parceria com empresas do setor para desenvolver o melhor composto e – aí sim a grande sacada, poder oferecê-lo sob custos reduzidos, aos clubes. Lembremos que em nosso maravilhoso país tropical, gramas sofrem tanto quanto qualquer um que queira manter um estádio que minimamente, se pague.

3) Expulsaria (ou no mínimo processaria de forma contundente) o infeliz do dirigente que decidiu após uma diarreia mental causada pela maior CAVALADA PARAGUAIA da história do futebol brasileiro – protagonizada pelo time no qual resolveu investir – sacar um “software” do bolso pra dizer que o campeonato foi armado (detalhe, por vários jogadores). O cara simplesmente ridicularizou, esculachou e tirou onda com o maior produto da CBF. E o que ela fez?

Ou seja, o futebol brasileiro carece de um mínimo de comando eficiente. Presidente da CBF não passa de porteiro de empresário, isso sim eles sabem fazer. Longos e lautos almoços e jantares onde discute-se basicamente, porcentagens e valores.

E sabe o que vai acontecer? NADA. Absolutamente na-da. O futebol brasileiro continuará contundindo mais jogadores do que a média. A seleção continuará distante dos corações do povo. Os gramados continuarão um pasto e o sanduíche de pernil, $25. E continuaremos enchendo os estádios. Porque a aqui é Brasil… e se lá é bom, mas é uma merda… aqui é uma merda, mas é bom. Ô isquindô…

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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