Por Roberto Galluzzi Jr.
10/10/2023
Está claro que o Palmeiras precisa, além de outras coisas, uma blindagem dupla. A primeira, contra informações internas vazadas à imprensa e a segunda, contra a intimidação da torcida contra jogadores do elenco.
Ah se fosse na época do Paulo Nobre, alguns dirão. Eu incluso. Presidência e diretoria competente não se mede apenas pela capacidade de contratar, manter e motivar um elenco vencedor, mas na forma como cuida do ambiente interno.
Bem, nos parece que nem em um caminho nem no outro nossos caros dirigentes conseguem algo satisfatório. Se contratar é uma penúria, motivar e “fechar” o elenco contra os folguedos da torcida e a sanha financeira das janelas de contratação (absolutamente previsíveis) parece impossível. Não conseguem.
A cornetice e a ira da torcida são dois fatores inerentes ao futebol. Dirigente que espera “apoio incondicional” da torcida é iludido. É óbvio que o “ódio à derrota” e a “caça às bruxas” sempre se farão presentes num momento ou outro. É o dirigente o responsável por acalmar e tranquilizar o atleta. Coisa que a tia Leila e o Fofito estão longe de conseguir.
Assim também como estão longe de conseguir manter a motivação de jogadores que receberam propostas vultosas e que o time decidiu não vender. Assistir a queda de desempenho de jogadores como Raphael Veiga é tão decepcionante quanto a incapacidade de tais jogadores perceberem o quão são idolatrados pela torcida, que tanto deles espera.
Mas não há espera maior do que aquela que anseia por uma diretoria que SAIBA como lidar com situações que, apesar de complicadas em sua essência, estão longe de serem exceções. Pelo contrário, são recorrentes num mundo esportivo que se não toca a melhor das músicas, exige a melhor das danças.
Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.
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